terça-feira, 8 de maio de 2012

Médicos em greve farão protestos na próxima semana


Os médicos que trabalham para o Estado estão em greve desde o dia 30 de abril. Apenas 30% dos profissionais estão prestando serviços de urgência e emergência. Em Mossoró, Caicó e Natal, a adesão chega próximo aos 90%, segundo o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (SINMED/RN).



Na próxima segunda-feira, 7, o Sinmed vai se reunir com outros sindicatos da Saúde, em Natal, para definir o calendário de ações, que deve se intensificar ao longo da semana. Deverão ocorrer manifestações no Hospital Walfredo Gurgel, Santa Catarina, Hospital Giselda Trigueiro, Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), entre outros. A programação em Mossoró ainda não foi definida.
O presidente do Sinmed-RN, Geraldo Ferreira, lamentou a crise da Saúde no Estado. “O lixo acumulado nas paredes do Walfredo Gurgel é um retrato de como a saúde pública vem sendo tratada pelo governo, como lixo”, enfatiza.
Para dar seguimento às negociações, o sindicato está aguardando a nomeação do próximo titular da Secretaria de Saúde. Domício Arruda foi exonerado recentemente, e a pasta está sendo ocupada interinamente por Dorinha Burlamaqui.
Nesta semana, os sindicatos dos médicos, dos odontólogos e dos trabalhadores da saúde elaboraram um manifesto expondo o caos que a saúde pública vive, a falta de condições de trabalho e o sofrimento que vivem os pacientes.
Diversos pontos são destacados no documento, tais como: cobrança pelo investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na saúde, combate e punição aos que desviam recursos públicos, abastecimento das unidades de saúde com medicamentos e equipamentos, melhoria da infraestrutura dos hospitais, mais leitos, mais vagas em UTIs, suspensão de terceirizações dos serviços, convocação de concursados, remuneração adequada, gestão democrática, priorização da assistência à Saúde, entre outros.

PAUTA - Entre as reivindicações dos médicos do Estado estão: incorporação da gratificação de alta complexidade para todos os médicos, o piso salarial da Federação Nacional dos Médicos (FENAM); a criação de uma gratificação de plantão para unidades de saúde de 24 horas; condições de trabalho nas unidades da saúde pública, e posição contrária à terceirização proposta nas unidades estaduais.


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