quarta-feira, 16 de maio de 2012

Jovem é protegida por menina morta durante massacre na Noruega


Ingvild Leren Stensrud, 17 anos, foi protegida por menina morta que caiu em cima dela durante massacre de extremista da Noruega na Ilha de Utoya, leia mais.



Uma jovem ferida pelo extremista Anders Behring Breivik no ataque a Ilha de Utoya, na Noruega, afirmou nesta quarta-feira que conseguiu se salvar ao se esconder embaixo de um corpo. Ingvild Leren Stensrud foi uma das testemunhas ouvidas em mais um dia do julgamento de Brevivik, que assumiu oduplo ataque que deixou 77 mortos em julho do ano passado.
Foto: APO extremista Anders Berhing Breivik durante julgamento em Oslo, na Noruega
Ingvild, 17 anos, disse ter começado a correr assim que ouviu os tiros na ilha, buscando refúgio em um café assim como outros jovens. Breivik seguiu o grupo e atirou contra Ingvild e outra jovem, cujo corpo caiu em cima do dela. A garota, então, ficou escondida em baixo da vítima, esperando o extremista ir embora. “Foram segundos terríveis”, afirmou.

Quando teve a certeza de que Breivik não estava no local, ela olhou para cima e viu outros dois sobreviventes. Em seguida, Ingvild usou o telefone da menina morta para ligar para a polícia e para sua mãe.
O extremista não demonstrou emoção em nenhum momento do relato.
Desde segunda-feira o tribunal ouve jovens que ficaram feridos durante o massacre na Ilha de Utoya. Uma das testemunhas de terça-feira foi Ina Rangnoenes Libakl, que foi baleada quatro vezes na cabeça, peito e mandíbula.
Mesmo ferida, ela correu para se esconder atrás de um piano no mesmo café e depois por um corredor, enquanto pensava: “Estou morrendo, é isso que é morrer”, contou.
Na semana passada, o tribunal que julga Breivik ouviu sobreviventes que não ficaram feridos no massacre de Utoya. Anteriormente foram ouvidas testemunhas do primeiro ataque cometido pelo extremista em 22 de julho de 2011: a explosão de um carro-bomba em Oslo.
O extremista assumiu a responsabilidade pelo duplo ataque, mas se declarou inocente das acusações criminais dizendo que suas vítimas tinham traído a Noruega ao abraçar a imigração.
A questão crucial do julgamento é determinar a sanidade de Breivik e se ele será encaminhado a uma prisão ou à assistência psiquiátrica compulsória pelo ataque duplo. Uma avaliação psiquiátrica o caracterizou como psicótico e "delirante", enquanto outra o considerou competente mentalmentepara ser enviado à prisão.
Com AP e BBC

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