terça-feira, 27 de março de 2012

Adolescente sobrevive depois de 26 dias à deriva no Pacífico

Jovem de 18 anos e dois amigos pescavam em pequeno barco quando motor falhou; só ele foi resgatado.


Um adolescente sobreviveu após ficar à deriva em um pequeno barco no Oceano Pacífico por 26 dias. Adrian Vasquez, de 18 anos de idade, deixou o hotel onde trabalha como enfermeiro no Panamá e saiu para pescar com dois amigos em fins de fevereiro.
Ele foi encontrado sozinho no barco de três metros de comprimento no domingo nas proximidades das ilhas equatorianas de Galápagos, mais de mil km do ponto de partida.

Foto: AP
Adrian Vasquez, que ficou 26 dias à deriva no Oceano Pacífico, recebe cuidados médicos a bordo de navio equatoriano
O capitão da guarda costeira do Equador Hugo Espinosa, que socorreu Vasquez, disse que o adolescente contou que o barco voltava repleto de peixes após dois dias de pescaria quando o motor falhou, por volta das 18h do dia 24 de fevereiro.
Os três tripulantes podiam ainda avistar a terra. Nos primeiros dias, eles ainda tinham muita comida e água, mas quando o gelo derreteu, eles tiveram que jogar fora o peixe apodrecido e seus ânimos foram esmaecendo. Eles comiam o que conseguiam capturar com sua rede.
O mais velho do trio, Oropeces Betancourt, de 24 anos de idade, parou de comer e beber após duas semanas.
Ele morreu no dia 10 de março e seu corpo começou a se decompor depois de três dias, sendo jogado no mar.
O outro adolescente, Fernando Osório, de 16 anos, morreu no dia 15 de março, aparentemente de desidratação e insolação. Após três dias, Vasquez jogou o corpo do amigo no mar.
Perdido
Ele então teria ficado sem água nos dias seguintes, quando o sol estava forte e constante. Espinosa diz que "quando Vasquez estava quase morto, no dia 19 de março, choveu e o jovem conseguiu encher quatro galões de água".
Ele teria passado os cinco dias seguintes comendo peixe cru até ser avistado por um barco pesqueiro, que avisou a Guarda Costeira. Após ser resgatado, ele pediu para fazer dois telefonemas, para sua mãe e seu patrão, para explicar tantos dias longe do trabalho. "Ele não sabia o que estava acontecendo. Estava quieto, parecia perdido", disse Espinosa. O
capitão afirmou que, após ser hidratado e dormir por várias horas, Vasquez acordou com muita fome e sede. "Pouco a pouco ele começou a reagir. Mas quando se fala sobre seus amigos mortos, ele fica em silêncio e abaixa o olhar. Ele custou muito a discutir o tema."

1 comentários:

Muito lamentavel o ocorrido. Até parece cena de filme; a luta pela vida fala mais alto.

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