segunda-feira, 23 de abril de 2012

José Abelardo Barbosa de Medeiros - Chacrinha

Nascido em Surubim no agreste pernambucano, José Abelardo Barbosa de Medeiros, mais conhecido como Chacrinha, foi um dos maiores mitos da televisão brasileira.



Terezinha, uuuuuhhh!

                                                                             Chacrinha. Fonte:  Meu segundo caderno
Dono das mais célebres frases como "Eu vim pra confundir, não pra explicar.", "Quem não se comunica, se trumbica."  e a minha favorita"Na TV nada se cria, tudo se copia” conseguia através de seu jeito irreverente, suas roupas, cenários e é claro as chacretes cativar a audiência.

Por incrível que pareça, Chacrinha era para ser médico! Em 1936, ingressou na Faculdade de Medicina do Recife, passando depois a fazer parte, como percussionista, do conjunto musical Bando Acadêmico. Fato que teve grande influência em sua vida.

                                                                                    Chacrinha. Fonte:  Acervo Malwee
Acabou largando a Faculdade para seguir por uma turnê pela Europa como baterista de uma orquestra. Ao retornar para o Brasil, seguiu rumo ao Rio de Janeiro, que na época era onde se encontrava as melhores oportunidades culturais do país. Tentou retomar a faculdade, porém não conseguiu devido questões financeiras.

Começou trabalhando em diversas rádios como locutor. Mas foi naRádio Clube de Niterói que alcançou o sucesso. A Rádio funcionava numa pequena chácara, uma chacrinha, no bairro de Icaraí, daí veio o apelido de José Abelardo, que era quem comandava o programa "Rei Momo da Chacrinha".

                                                                Chacrinha e Elke Maravilha. Fonte:  Humor negro sem censura

Em 1951 com a chegada da televisão, Chacrinha viu que ali estava o veículo ideal para um comunicador. Criando uma maneira única de comunicar, usando fantasias, criando bordões, tornou seu programa um dos mais populares da televisão brasileira. Além disso, vale notar que Chacrinha se utilizava de elementos típicos das festas folclóricas nordestinas, adaptando-os para a linguagem televisiva.

Na década de 1970, a censura passou a acompanhar de perto as atividades de Abelardo Barbosa. Apesar de adorado pelos fãs, Chacrinha também recebeu muitas críticas por sua atuação, considerada por alguns pornográfica (devido à pouca roupa das chacretes) ou alienante (por ser totalmente carnavalesco, sem compromisso com qualquer seriedade).

                                                                      Chacrinha e as chacretes. Fonte:  Substantivo Plural

O apresentador também lançou diversos nomes da MPB em seus programas, contribuindo para a divulgação da música brasileira entre o grande público. Chacrinha sempre acolheu os novos movimentos musicais brasileiros, como a Jovem Guarda, nos anos 1960; o Tropicalismo, que sacudiu a música popular e a cultura brasileiras entre os anos de 1967 e 1968, capitaneado por Caetano Veloso e Gilberto Gil, e o rock dos anos 1980.

                                                                        Roberto Carlos e Chacrinha. Fonte: Fabiano Cavalcanti

Infelizmente não tive a oportunidade de assistir ao programas do Chacrinha como o Cassino e a Discoteca do Chacrinha. Sempre escutava minha mãe falando de como era engraçado, que ele jogava bacalhau para a platéia (só acreditei quando vi um vídeo!), farinha, os calouros e sua famosa buzinada e seu “gongo”.

Depois de ver alguns vídeos e para minha alegria o canal Viva está reprisando, cheguei a conclusão que jamais terá um apresentador como Chacrinha. Sua atitude anárquica e alegre, a maneira como ele cativa a platéia é única! Sem contar que o mundo está muito careta e certinho para aceitar outro Chacrinha! Vai para o trono, ou não vai?

                                                                                    Chacrinha. Fonte:  Tô ligado news

Vídeo




Fonte: Consulado Nordestino
Vídeo: Youtube

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