

O jeito simpático da estudante do terceiro ano do ensino médio fez a candidata do PT receber mais de 6% dos votos válidos --335 no total-- e garantir uma das nove cadeiras da Câmara Municipal de Ipê.
O pequeno município de 6.016 habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), também é jovem. Somente em 1987 foi emancipado da cidade de Vacaria (241 km de Porto Alegre).
“Foi uma surpresa muito grande ter sido eleita. No momento em que eu soube, misturou alegria e alívio porque foram quase três meses de caminhada. Nos desgastamos bastante”, disse.
A fala no plural é referência ao seu padrinho político, o candidato do PT à Prefeitura de Ipê, Luis Carlos Scapinelli, o “Bilu”, que a convidou a fazer parte do núcleo jovem do partido no ano passado. Gislaine já vinha se destacando como liderança no grêmio estudantil de sua escola, onde atua como vice-coordenadora.
Apesar do êxito de sua pupila, o petista amargou a terceira colocação no pleito, com 23,69% dos votos válidos. O prefeito eleito foi Valério Marcon (PP), que obteve 40,31% dos votos.
Sem promessas de campanha
Gislaine diz que o fato de não ter prometido nada específico pode também tê-la ajudado a ser eleita.
“Eu não prometi nada, só me comprometi a trabalhar. Quero batalhar firme para conseguir transporte de graça para os universitários e buscar recursos para trazer um distrito industrial que evite a saída de jovens da cidade atrás de emprego. Quero incentivar o jovem a ficar no interior”, disse.
Com a rotina completamente modificada pela campanha, agora Gislaine promete pelo menos voltar a estudar para passar de ano e retornar à oficina mecânica onde trabalha como auxiliar de escritório, com salário de R$ 406 por mês.
Questionada sobre quanto vai ganhar mensalmente como vereadora, ela disse “que não foi atrás para saber”.
Fonte: Eleições UOL
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