segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Gestantes que comem lanches transformam os filhos em viciados em junk food


Depois da notícia de que o gosto das crianças por frutas e verduras começa a se formar durante a gestação, não é de surpreender que pesquisadores tenham descoberto que a ingestão de comidas ricas em gorduras e açúcares por parte das gestantes pode transformar os bebês em viciados em junk food.

O estudo realizado na Austrália e divulgado no jornal The Daily Mail ainda aponta que esse tipo de alimento tem o mesmo efeito químico que drogas como o ópio, a heroína e a morfina podem causar no organismo. Isso demonstra que os impulsos causados por comidas gordurosas representam, de fato, um vício.

No caso das gestantes, os pesquisadores descobriram que esse tipo de hábito pode resultar em alterações no desenvolvimento do cérebro dos bebês. Essas mudanças fazem com que as crianças fiquem menos sensíveis à opióides, substâncias que são liberadas quando ingerimos alimentos ricos em gorduras e açúcares. Esse processo faz com que os pequenos desenvolvam uma tolerância à substância e precisem ingerir quantidades maiores de junk food para se sentirem plenamente satisfeitos.

“Esse estudo mostra que o vício em junk food realmente existe. É triste admitir que a ingestão de porcarias durante a gestação transforme as crianças em viciados em junk food”, admite Dr. Gerald Weissmann, editor do periódico Journal of the Federation of American Societies for Experimental Biology.
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram dois grupos de filhotes de ratos. O primeiro deles havia passado por uma gestação com uma alimentação adequada para animais e o segundo grupo de ratos havia sido alimentado com junk food humana durante a gestação e amamentação.

Depois de realizar uma série de testes, os cientistas concluíram que os animais afetados pelas porcarias administradas às mães tinham uma menor sensibilidade aos opióides, o que os levava a consumir mais comidas doces e gordurosas.

“Os resultados dessa pesquisa nos permitirão informar melhor as gestantes sobre os efeitos a longo prazo que sua dieta tem no desenvolvimento das preferências das crianças e nos riscos de doenças metabólicas. Com sorte, isso encorajará as mães a fazerem escolhas alimentares mais saudáveis que levarão a crianças mais saudáveis”, explicou Dr. Beverly Muhlhausler, da Universidade de Adelaide, na Austrália.

Fonte: TodaEla

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