sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Dieta do pH: uma nova alternativa para o emagrecimento


Refeições ricas em sal, sobremesas repletas de açúcar, muito café para manter a agitação da rotina e bebidas alcoólicas para o happy hour. Para muitas, esse é o retrato da alimentação do dia a dia. Se esse é o seu caso, fique atenta, pois o seu corpo pode estar com pH ácido.

O problema do excesso da acidez no organismo pode se refletir de diversas maneiras: retenção de líquido, alergias, depressão e excesso de peso. Alguns especialistas defendem, inclusive, que a alteração do pH do corpo pode ser uma das causas da obesidade.
Nesse contexto, a intenção é eliminar a acidez do organismo por meio de um cardápio que aposte em alimentos alcalinos e, assim, previna o excesso de peso e doenças no futuro. Confira abaixo como funciona a dieta do pH e aposte nessa ideia. Ressaltamos, no entanto, que o cardápio restritivo deve ser seguido e elaborado com acompanhamento médico.

O que é a dieta do pH?

O nome pode parecer complicado, mas a dieta alcalinizante possui os mesmos princípios da maioria das demais propostas de emagrecimento: um certo grupo de alimentos não pode ser consumido.
Segundo a nutricionista Robena Molinari, da Clínica Patricia Davidson Haiat, a dieta do pH busca equilibrar o pH sanguíneo com uma alimentação que contenha pelo menos 80% dos alimentos mais alcalinos, como vegetais verde-escuros, frutas e sementes. “A alimentação próxima ao pH sanguíneo, alcalina, garante um corpo mais saudável e equilibrado, evita doenças e ainda ajuda a emagrecer ou impedir o ganho de peso”, explica ela.
Robena afirma que todas as pessoas podem seguir esse cardápio, exceto aquelas com doenças graves. “Basta respeitar a individualidade bioquímica de cada um e saber equilibrar a dieta para que não cause nenhuma deficiência nutricional”, complementa ela.
Para garantir os benefícios prometidos, como emagrecimento, combate ao envelhecimento e aumento da energia, o programa se baseia no nível de acidez dos alimentos, que é mensurado por um índice chamado de pH, o potencial hidrogeniônico. Ele classifica todas as substâncias em uma escala de 0 a 14, sendo que aquelas com nível até 7 são consideradas ácidas, e as demais, que ficam acima de 7, são básicas. A água é neutra, com pH igual a 7.
Nesse contexto, a intenção é consumir apenas alimentos alcalinos (pH acima de 7), para controlar o potencial hidrogeniônico do sangue, que é de aproximadamente 7,4. Por isso, o consumo diário deve ser de mais compostos alcalinos para que eles neutralizem o efeito ácido dos demais alimentos. O resultado é o corpo mais equilibrado, combate aos radicais livres, emagrecimento e o fim da retenção de líquidos.

O perigo da acidez do organismo

Além do emagrecimento, a dieta do pH é uma maneira de acabar com outros problemas de saúde que podem estar sendo causados pela acidez no organismo. Conforme explica a nutricionista Robena, o pH saudável para o corpo fica em torno de 7,4. Assim, qualquer alteração nesse nível pode dar origem a diversos problemas, como alergias e depressão.
“Em qualquer alteração no nível de pH, o organismo provoca disfunções. Sinais como dores no estômago, má digestão, refluxo, alergias, distensão abdominal, prisão de ventre, diarreia, gases intestinais, dores de cabeça, insônia, cansaço, fadiga, estresse, ansiedade, hiperatividade, irritabilidade, câimbras, dores musculares, dores nas articulações, entre outros, podem ser alguns dos sintomas de desequilíbrios causados por excesso de ácidos orgânicos”, afirma ela.
Em geral, o corpo se torna ácido devido aos hábitos alimentares prejudiciais, que incluem consumo de refeições industrializadas, conservantes, açúcares e cafeína. O stress também favorece o processo, assim como a poluição do ar.
E quanto mais ácido o organismo, maiores os problemas. Entre os prejuízos, é possível citar ainda perda de potássio e magnésio orgânico, diminuição da massa muscular, riscos renais, disfunções hormonais e redução da imunidade.

Como funciona a dieta

Para equilibrar o pH do corpo, a primeira medida é cortar do cardápio todos os alimentos ácidos. Vale lembrar que não devemos levar em consideração o gosto, mas sim o efeito que eles produzem no estômago após a ingestão. “Existe uma tabela de alimentos básicos e alcalinos, de acordo com a digestibilidade, o potencial inflamatório e o potencial detoxificante”, explica a nutricionista. O limão, por exemplo, apesar de ser bastante ácido para o consumo, é considerado alcalino quando chega ao estômago.
Em geral, a ingestão de alimentos alcalinos será de 75% do cardápio. Isso significa, na prática, apostar em frutas, verduras e legumes, enquanto carnes, alguns laticínios, conservantes, cafeína, bebidas alcoólicas e cigarro ficarão de lado.
“Equilibrar o pH do sangue ajuda a eliminar toxinas naturalmente, melhora o metabolismo, diminui alergias e a retenção de líquidos e, consequentemente, ajuda no emagrecimento. Ao contrário, o acúmulo de toxinas e alergias desequilibram o organismo e ajudam a acumular gorduras e líquidos. O acúmulo de toxinas é um aliado da obesidade”, explica Robena.
Segundo a nutricionista, não há um tempo determinado para a dieta ser cumprida. Porém, ela deve ser colocada em prática em períodos de aproximadamente um mês, pois ela é bastante restritiva. Depois desse tempo, a dica é introduzir os alimentos ácidos gradativamente e em pouca quantidade, principalmente as proteínas animais e os laticínios. Se a aceitação for boa, é possível variar em rodízios, desde que se mantenha a base da alimentação com mais alimentos alcalinos.
“Ela pode ser repetida em 3 a 6 meses, e alguns alimentos ácidos podem ser eliminados totalmente, como açúcar, cafeína, bebidas alcoólicas, industrializados, gorduras e frituras”, afirma Robena.
Além do controle na alimentação, o consumo constante de água e o controle do stress não devem ser deixados de lado.

Benefícios e pontos fracos da dieta

Assim como todas as formas de emagrecimento, a dieta do pH também reúne pontos positivos e negativos. Segundo a nutricionista, quem optar por ela vai poder desfrutar da detoxicação do organismo. “Ela promove a eliminação de toxinas e substâncias inflamatórias, melhora o metabolismo como um todo, a digestibilidade, a função intestinal e o humor”, explica.
A dieta alcalinizante ainda previne doenças crônicas como diabetes, hipertensão, doenças osteoarticulares, gástricas, cardíacas e câncer. Além disso, promove a manutenção do peso saudável.
As vantagens da dieta incluem também reeducação alimentar, diminuição do consumo de sódio, favorecimento de hábitos saudáveis e da prática de atividades físicas.
Por outro lado, a proposta pode se tornar um pouco monótona, pela pouca variedade de alimentos no cardápio, além de diminuir o consumo de carnes, peixes e laticínios. Outra desvantagem é que algumas das opções permitidas ao consumo não combinam entre si no aspecto do sabor.

Cardápio alcalinizante

A nutricionista Robena elaborou uma lista de alimentos alcalinizantes e ácidos para aquelas que pretendem equilibrar e desintoxicar o organismo. “A fim de obter o equilíbrio, é necessário consumir em sua dieta cerca de 80% de alimentos alcalinos”, explica.
Ressaltamos, no entanto, que toda dieta deve ser feita com acompanhamento médico. Confira a lista a seguir e melhore sua saúde:

Alimentos alcalinos

  • Grãos e sementes: arroz integral, lentilha, grão de bico, castanhas, amêndoas, cereais integrais
  • Vegetais: batata, aspargo, cebola, brócolis, couve, alho, espinafre, abóbora, beterraba, alface, abobrinha, batata-doce, vegetais folhosos verde-escuros
  • Frutas: maçã, limão, lima, melão, abacaxi, nectarina, figo, mamão, kiwi, amora, pera
  • Azeite de oliva
  • Stévia

Alimentos ácidos

  • Café e cafeína em geral: refrigerantes, mate, chá preto, chá verde e guaraná natural
  • Bebidas alcoólicas
  • Sal
  • Açúcar
  • Carnes e produtos animais
  • Leite e derivados: queijo, creme de leite, manteiga, nata
  • Farinhas e produtos de panificação
  • Ovos
  • Doces: mel, geleia, chocolate, adoçantes
  • Alimentos industrializados
  • Alimentos diet e light




Fonte: TodaEla

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