quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Corte do Egito condena oito à morte por filme anti-islã

Um tribunal do Cairo condenou nesta quarta-feira à revelia sete cristãos egípcios e um pastor americano baseado na Flórida e os sentenciou à morte sob acusação de que participaram em um vídeo anti-Islã, cuja divulgação na internet em setembro provocou protestos violentos em vários países muçulmanos.




Arquivo
Cena do filme que gerou onda de protestos em países muçulmanos (foto de arquivo)


"Os acusados foram condenados por insultos à religião islâmica pela participação na produção e distribuição de um filme que insulta o Islã e seu profeta", disse o juiz Saif al-Nasr Soliman.

O vídeo semiamador e de baixo orçamento, que foi produzido na Califórnia, insulta o profeta Maomé e provocou protestos contra os EUA e ataques a embaixadas ocidentais em vários países muçulmanos.

O caso é amplamente simbólico, já que os sete homens e uma mulher estão fora do Egito e é improvável que viajem ao país para enfrentar as acusações. O julgamento foi visto como uma tentativa de absorver a raiva pública relacionada ao filme "A inocência dos Muçulmanos", que retrata o Profeta Maomé como mulherengo, bufão e uma fraude.

Na segunda-feira, o jornal americano New York Times indicou que Basseley Nakoula , o suposto produtor do filme islamofóbico, não tem remorsos. "Antes de escrever o roteiro, pensei que me imolaria em praça pública para divulgar minha mensagem aos povos americano e povos do mundo", disse Nakoula, respondendo a perguntas em escrito formuladas pelo jornal.

O filme ofendeu multidões de muçulmanos, desencadeando uma onda de protestos antiamericanos no Oriente Médio, deixando mais de 30 mortos.

O homem cita a morte de 13 pessoas na base militar de Fort Hood no Texas, em novembro de 2009 - em um incidente em que um psiquiatra militar muçulmano foi considerado culpado - como prova das "atrocidades" cometidas "em nome de Alá". "Senti-me ainda mais comovido e enfurecido" após a matança de Fort Hood, disse Nakoula, um cristão copta nascido no Egito.

*Com Reuters, AP e AFP


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