quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Oito em cada 10 usuários de plano de saúde tiveram problemas com atendimento, aponta pesquisa


Quase oito em cada dez usuários de planos de saúde sofreram algum problema com o atendimento nos últimos dois anos no Estado de São Paulo. O dado é de pesquisa do Datafolha, encomendada pela Associação Paulista de Medicina (APM) nesta quarta-feira (15). O objetivo do levantamento foi investigar os principais conflitos e deficiências percebidas na utilização dos serviços.

A Associação Paulista de Medicina e a ProTeste aproveitaram a ocasião para lançar um serviço nacional de apoio exclusivo aos pacientes de plano de saúde. O telefone0800.200.4200 atenderá reclamações de todo o Brasil, oferecendo esclarecimento e apontando encaminhamentos para a garantia dos direitos dos usuários de planos de saúde.

APROXIMADAMENTE 6,2 MILHÕES DE USUÁRIOS TIVERAM PROBLEMA EM CONSULTA MÉDICA; AS PRINCIPAIS QUEIXAS REFERIRAM-SE A:

1. Demora na marcação de consultas53%
2. Médico saiu do plano30%
3. Demora na autorização da consulta25%
5. Falta de médicos nas especialidades20%
6. Demora na autorização de exames, durante a consulta19%
7. Restrição para realização de exames, durante a consulta11%
A amostragem retrata o universo de 10 milhões de pacientes da saúde suplementar e teve como base 804 entrevistas, distribuídas por todo o Estado, com uma população de 18 anos ou mais, possuidora de plano ou seguro saúde, que utilizou algum serviço nos últimos 24 meses.
Estima-se que 40% da população do estado de São Paulo possui plano ou seguro de saúde,  o que equivale a 12,4 milhões de pessoas a partir de 18 anos.
Principais queixas
O índice de usuários com problemas foi de 64% em consultas; 40% em exames diagnósticos e 72% em pronto-socorro.
No caso das consultas, as principais queixas são de demora para marcação (53%), médico que saiu do plano (30%) e demora para autorização (25%).
Em exames diagnósticos, as reclamações recorrentes são de demora para marcação e poucas opções de laboratórios (ambas mencionadas por 24%), entre outras.
No pronto-socorro, 67% das reclamações são referentes a superlotação na sala de espera, 51% a demora para atendimento e 12% a demora para realização de exames e também a locais inadequados para medicação. Também aparecem entre as queixas a negativa de atendimento (5%) e a demora ou negativa na transferência para leito hospitalar (4%).
Internações e cirurgias
Ainda de acordo com a pesquisa, 37% dos usuários tiveram problemas com internação hospitalar. A maior parte reclamou de poucas opções de hospitais (30%), demora para autorizar a internação (16%) e falta de vaga (9%).
Do total de entrevistados, 15% reclamaram de problemas em cirurgias, como a demora na autorização (11%) e a falta de cobertura para materiais especiais (4%).
Pagamentos
Apenas 3% dos usuários ouvidos fizeram queixas sobre preços e pagamentos, a maior parte sobre valores reembolsados.
Segundo o levantamento, 1% dos usuários já recorreu à Justiça contra algum plano de saúde. Entre os entrevistados a partir de 60 anos, o índice chega a 3%. No entanto, 14% dos usuários têm conhecimento de alguma pessoa que já recorreu contra um plano de saúde.


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