Rebeldes que lutam contra o governo do presidente da Síria, Bashar Al-Assad, afirmaram ter derrubado um avião de combate das forças de segurança nesta segunda-feira, enquanto a TV estatal afirmou que a queda se tratou de um acidente causado por problemas técnicos.
Ativistas divulgaram um vídeo que mostra um avião de guerra do governo sírio, fabricado na antiga União Soviética, pegando fogo aparentemente depois de ter sido atingido por um ataque feito por terra na província de Deir el-Zour, no leste da Síria. A agência oficial Sana afirmou que o avião fazia uma missão de treinamento e que o piloto saltou da aeronave antes da queda. Uma busca por ele está sendo feita.
Também nesta segunda-feira, um diplomata sírio que trabalha na Organização das Nações Unidas em Genebra abandonou o governo e se uniu à oposição. O porta-voz do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Rolando Gomez, disse que o diplomata é um integrante "junior" da missão da Síria em Genebra, e o identificou como Danny al-Baaj.
Os combates prosseguiram no domingo na cidade de Aleppo, no norte do país, onde tanques, artilharia e franco-atiradores atacaram rebeldes em Saif al-Dawla, vizinho ao devastado bairro de Salaheddine.
Civis sírios, desesperados para conferir a situação das suas casas, infiltravam-se pelas frentes de combate nos arredores de Salaheddine, embora os franco-atiradores disparassem e os rebeldes os aconselhassem a ir embora.
O chefe do Conselho Nacional Sírio, Abdelbasset Sida, disse que os Estados Unidos chegaram à conclusão de que a ausência de uma zona de exclusão aérea que contenha a ação da aviação do governo está atrapalhando a movimentação dos rebeldes.
Na véspera, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou que seu país e a Turquia estudariam algumas possíveis medidas para ajudar os inimigos de Assad, incluindo a zona de exclusão aérea, embora ela tenha indicado que nenhuma decisão é necessariamente iminente.
"Uma coisa é falar de todos os tipos de ações em potencial, mas não se podem tomar decisões razoáveis sem fazer uma análise intensa do planejamento operacional", disse ela depois de se reunir em Istambul com o chanceler turco, Ahmet Davutoglu.
Embora uma intervenção pareça improvável, seus comentários foram o mais perto que Washington chegou até agora de sugerir uma ação militar direta na Síria.
Uma zona de exclusão aérea imposta pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e por aliados árabes ajudou os rebeldes líbios a derrubarem o regime de Muamar Kadafi no ano passado.
O Ocidente, no entanto, demonstra pouco apetite por repetir aquele tipo de intervenção na Síria. Rússia e China se opõem terminantemente a qualquer intervenção estrangeira no conflito sírio.
Com BBC, AP e Reuters
Fonte: Último Segundo
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