Uma nova briga política no Palmeiras pode respingar em Marcos, um dos maiores ídolos do clube. Conselheiros da oposição ameaçam entrar com um requerimento no Conselho Deliberativo pedindo suspensão ou até expulsão de pelo menos cerca de 60 associados, boa parte deles conselheiros.
A alegação é de que eles desenvolveram atividade comercial com o clube, algo proibido pelo artigo 22 do estatuto. Participaram da antiga bolsa de atletas desenvolvida durante a administração de Affonso Della Monica. Por meio da bolsa, sócios e conselheiros investiam na compra de jogadores para o time. A mesma ameaça é feita em relação ao grupo Eternos Palestrinos, que ajudou o Palmeiras a contratar enquanto Luiz Gonzaga Beluzzo era o presidente.
Como os direitos dos sócios não foram suspensos, há quem entenda que eles devem ser expulsos por desrespeitarem as regras.
Acontece que se o estatuto for levado ao pé da letra, Marcos também tem que ser suspenso como sócio ou até expulso, o que soa como heresia em se tratando do Santo. Em março de 2008, ele ganhou da diretoria um título de sócio remido. Passou a ser um associado vitalício do Palmeiras.
Pelo estatuto, seus direitos de sócio deveriam estar suspensos. Primeiro porque tinha contrato de trabalho como jogador. E agora porque ganha do clube para participar de ações de marketing.
A ameaça de punição em massa a sócios é uma retaliação ao fato de Piraci de Oliveira, diretor jurídico do Palmeiras apresentar um requerimento pedindo a suspensão dos direitos políticos no clube de Osório Furlan, conselheiro que comprou parte dos direitos econômicos de Valdivia.
Só que os articuladores do contra-ataque não se deram conta de que a medida poderia dragar Marcos, que lança seu livro nesta terça. Os alvos são conselheiros graúdos, como Marcos Vinícius Borin, um dos líderes do grupo Eternos Palestrinos.
A diretoria diz não ter informações sobre o título de sócio remido de Marcos, concedido durante outra administração. Não sabe se seus direitos foram suspensos para respeitar o estatuto desde o dia da entrega.
Afirma também que os Eternos Palestrinos não feriram o estatuto, pois emprestaram dinheiro ao Palmeiras, sem manter uma relação comercial. Mas admite que o sintegrantes da bolsa de atletas deveriam ter tido seus direitos como sócios suspensos.
Fonte: Esporte UOL
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