sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Distúrbios alimentares e gravidez: uma combinação perigosa


Manter uma alimentação balanceada durante a gestação é sempre a melhor medida para a saúde da mãe e o bom desenvolvimento do bebê. O mito de que se deve “comer por dois” já caiu por terra há muito tempo, mas restringir totalmente a alimentação e exagerar nos exercícios nesse período, pensando só no seu próprio peso, também é errado e muito perigoso.

Uma nova pesquisa britânica, realizada University College London (UCL) e divulgada no Daily Mail, revelou que um quarto das mulheres grávidas entrevistadas mostra preocupação excessiva com o seu peso e boa forma, sendo que 7% delas sofrem de transtornos alimentares nos três primeiros meses da gravidez.
O estudo, realizado com 700 mulheres grávidas, apontou dados preocupantes, mostrando ainda que 2% das participantes se exercitavam excessivamente para não ganhar peso, ficavam em jejum prolongado, induziam o vômito ou abusavam do uso de laxantes e diuréticos. Por outro lado, a pesquisa revelou também que uma parte delas disse que comiam demais e perdiam o controle da alimentação ao menos duas vezes por semana.
A líder do estudo, Dra. Nadia Micali, do Instituto de Saúde Infantil da UCL disse: "Há fortes evidências em nossa pesquisa que os distúrbios alimentares durante a gravidez podem afetar tanto a mãe como o bebê em desenvolvimento. É necessária uma maior consciência dos transtornos alimentares e seus sintomas entre os especialistas de saúde em pré-natais, o que ajudaria a identificar melhor e tratar esses transtornos entre as mulheres grávidas".
A fim de alertar para esse problema, os pesquisadores pedem que as mulheres sejam investigadas pelos médicos sobre a presença dos transtornos alimentares em seu primeiro check-up de pré-natal. Esse tipo de comportamento pode acarretar males como anemia e quedas de pressão na mãe, além de causar a deficiência de vitaminas e nutrientes importantes para o desenvolvimento do feto.
Outra integrante do grupo de pesquisa, a Dra. Abigail Easter, ainda acrescentou: "As mulheres com transtornos alimentares são relutantes em falar sobre o problema com os profissionais de saúde, possivelmente devido a um medo do estigma ou de que os serviços de saúde possam responder de uma forma negativa”.
Os pesquisadores alertam que os sintomas típicos da gravidez, como ganho de peso e vômitos, também podem mascarar a presença de um transtorno alimentar, fazendo com que muitas mulheres com esse problema passem despercebidas pela visão médica e sem tratamento durante a gestação.
Vale destacar que as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Institute of Medicine (EUA) para o ganho de peso na gravidez é diferenciado para as mulheres de acordo com o estado nutricional pré-gestacional, levando em conta o IMC (Índice de massa corporal).

Fonte: TodaEla

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