Kristen Pfaff (26 de maio, 1967 – 16 de junho, 1994) foi baixista da banda americana Janitor Joe e da banda Hole. Pfaff nasceu e foi criada em Buffalo, Nova York. Ela passou um curto período de tempo na Europa e, também por um curto tempo, estudou no Boston College, antes de finalmente terminar os estudos na University of Minnesota.
Começo e carreira
Ela estudou piano clássico e cello. Enquanto viveu em Minneapolis, Minnesota, seguindo com a sua graduação, Pfaff aprendeu a tocar baixo sozinha. Ela, o guitarrista e vocalista Joachim Breuer (membro do "The Bastards", banda de Minneapolis) e o baterista Matt Entsminger formaram a banda "Janitor Joe".
Janitor Joe
O primeiro single da banda, Hmong, foi lançado pela OXO Records sendo lançado em 1992, e uma popular gravadora local "Amphetamine Reptile Records" contratou a banda mais tarde naquele mesmo ano, lançando o single Bullethead; já no ano seguinte, em 1993, lançaram Boyfriend e o álbum de estréia "Big Metal Birds".
Janitor Joe estava se tornando conhecido na cena musical de Minneapolis, influenciados pelo som grunge do noroeste do país e também pela cena barulhenta e rápida do pós-hardcore de Washington. Mas, por outro lado, havia influências também da distorção do Butthole Surfers, do Shellac e de vários outros artistas da gravadora "Touch and Go". O jeito de Pfaff tocar baixo era importante para o som do Janitor Joe, tanto em estúdio como também ao vivo. Tanto ela como Breuer contribuíram com músicas para o "Big Metal Birds".
Enquanto a cena de Minneapolis crescia, chamando atenção da mídia musical em 1993, a Amphetamine Reptile lançou o single, Stinker, e o Janitor Joe começou a fazer turnês nacionais. Foi em uma turnê pela Califórnia, naquele mesmo ano, que Pfaff acabou sendo abordada por Eric Erlandson e Courtney Love do Hole, que, na época, procuravam por um baixista. Courtney Love convidou Pfaff para tocar com o Hole. Pfaff negou o convite, mas Erlandson e Love continuaram seguindo-na.
Hole
Pfaff, no começo, estava um pouco relutante em deixar Minneapolis para se juntar ao Hole, mas acabou reconsiderando o aviso de seu pai, Norman, que dizia: "De um ponto de vista profissional, não há decisão". Seguindo a boa crítica internacional pelo primeiro álbum independente do Hole, Pretty on the Inside, o Hole tinha conseguido um belo acordo com uma grande gravadora que demonstrava interesse neles; eventualmente assinando um acordo de oito álbuns com a Geffen Records por um preço de US$ 3 milhões de dólares.
Em 1993, Pfaff se mudou para Seattle, Washington, para trabalhar com os membros do Hole para o lançamento do álbum "Live Through This", que seguia a mesma linha do primeiro álbum. A nova formação do Hole, que consistia em Courtney Love, Eric Erlandson, Pfaff e Patty Schemel na bateria - entrou em estúdio no começo de 1993 para começar os ensaios. "Foi quando nós decolamos. De repente, nós viramos uma banda de verdade", disse Eric Erlandson sobre a entrada de Pfaff.
Seattle e os eventos posteriores
O período que Pfaff passou em Seattle foi extremamente rico em criatividade, e acima de tudo ela havia feito uma grande amizade com Eric Erlandson, Courtney Love e Kurt Cobain. Enquanto trabalhava no álbum de platina, "Live Through This", Pfaff e Erlandson começaram a namorar e ficaram juntos por um longo período de 1993, permanecendo perto um do outro mesmo após o fim do namoro. As coisas estavam bem, mas não por completo. Enquanto vivia em Washinton, a capital da heroína, Pfaff acabou desenvolvendo um problema com as drogas. "Todo mundo estava usando. Todo mundo, todo mundo. Todos os nossoa amigos eram junkies. Isso era ridículo. Todo mundo nesta cidade se drogava." disse Courtney Love a respeito daquele período na cena musical de Seattle. Pela maior parte dos relatos, o uso se drogas por parte de Pfaff era relativamente moderado. "Kristen... começou a se interessar por drogas antes mesmo de entrar em nossa banda, foi ainda em Minneapolis, mas isso era bem leve", Erlandson disse à Craig Marks da revista Spin. "Ela se mudou para Seattle e se sentiu desconectada de tudo. Mas ela fez amigos e conexões com drogas, o que eu falei para ela não fazer. O único jeito de alguém conseguir sobreviver nesta cidade, é não fazendo essas conexões."
Pfaff deu entrada em uma clínica de reabilitação durante o inverno de 1993, devido ao seu vício em heroína, tirando uma licença do Hole na primavera de 1994, e, consequentemente, deixando Seattle e a cena da heroína para novamente excursionar com o Janitor Joe. "Ela foi fazer a turnê... e, quando voltou, ela estava limpa." disse Erlandson. Pouco tempo após o seu retorno, o suicídio de seu amigo Kurt Cobain (vocalista e guitarrista do Nirvana) em abril de 1994 parecia ser insuportável. No período do velório de Kurt Cobain, Pfaff decidiu abandonar o Hole e Seattle para retornar a Minneapolis a fim de se juntar novamente ao Janitor Joe.
Morte
Por volta das 9:30 da manhã do dia 16 de junho de 1994, Pfaff foi encontrada morta em seu apartamento por Paul Erickson, amigo com o qual ela planejava voltar a Minneapolis naquele mesmo dia. Pelo chão, havia sacos contendo seringas e parafernália de heroína. Esse era exatamente o mesmo modus operandi relatado no local da morte de Kurt Cobain. Em algum momento da noite, Pfaff havia morrido "acidentalmente", vítima de uma overdose de heroína.
"O caminhão de mudanças (o U-Haul) estava quase todo cheio", disse Erlandson. "Todo mundo que falou com ela na noite anterior disse que ela parecia estar muito feliz, excitada de estar começando uma nova vida."
Na edição de sexta-feira do Seattle Times, lançado no dia 17 de junho de 1994, seu pai, Norman Pfaff, a descreveu como sendo uma pessoa “esperta, atraente, maravilhosa...e muito, muito talentosa, inteligente, que sempre pareceu ter o controle de suas circunstâncias. Mas que, na noite passada, infelizmente não teve.”
Kristen Pfaff foi enterrada na seção 6, lote 45, do "Forest Lawn Cemetery" em Buffalo, Nova York, terra natal da baixista.
Fonte: Wikipédia
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