O chefe da ala militar do Hamas, Ahmed Jabari, foi morto nesta quarta-feira durante um ataque aéreo de Israel na Faixa de Gaza, levando os dois lados envolvidos no conflito à iminência de uma nova guerra. Segundo testemunhas, o carro onde ele estava explodiu. Além de Jabari, que era responsável pelo braço armado da organização chamado Izz el-Deen Al-Qassam, o ataque também matou um passageiro que estava no veículo.
O porta-voz do Exército de Israel, Avital Leibovitch, disse que o ataque representa "o início de uma operação mais ampla", dando a entender que outros líderes do movimento militante palestino podem ser alvos de ações militares.
Jabari é a mais alta autoridade do Hamas morta por Israel desde a invasão do Exército israelense a Gaza, há quatro anos. Durante muito tempo, ele encabeçou a lista de mais procurados no país. Israel o acusa de ser o mentor de vários ataques e do sequestro do soldado Gilad Shalit, em 2006. Shalit foi libertado em 2011 , em troca de mais de 1 mil prisioneiros palestinos.
O serviço israelense de inteligência Shin Bet disse que matou Jabari por causa de sua "atividade terrorista de uma década". "O motivo dessa operação era debilitar o comando e o controle da cadeia de liderança do Hamas", afirmou o Exército israelense em um comunicado.
O ataque foi lançado apesar de sinais de que o Egito havia conseguido mediar uma trégua entre Israel e militantes palestinos após cinco dias de escalada de violência, em que mais de 100 mísseis foram disparados de Gaza contra Israel e foram feitos repetidos ataques israelenses contra o enclave.
Pedidos imediatos por vingança foram transmitidos na rádio do Hamas e grupos militantes menores alertaram que retaliariam. "Israel declarou guerra em Gaza e eles carregarão a responsabilidade pelas consequências", disse a Jihad Islâmica.
O Hamas governa Gaza desde 2007 e não reconhece o direito de Israel de existir. Israel travou uma guerra com o Hamas pela última vez entre 2008 e 2009, quando um conflito de três semanas acabou com 1,4 mil palestinos e 13 israelenses mortos.
Com AP e Reuters
Fonte: Último Segundo
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