Carlinhos Cachoeira, 49, foi internado na noite deste domingo (25) no Hospital Neurológico de Goiânia. De acordo com boletim médico divulgado nesta segunda-feira (26), ele realiza exames complementares para diagnóstico cardiovascular. Cachoeira chegou ao hospital às 22h30 de ontem, com um quadro agudo de diarreia e náuseas intensas.
Ainda segundo o boletim, ele está com severa perda de peso e desidratação -- durante o período que ficou preso, Cachoeira perdeu 18 quilos.
Segundo avaliação assinada pelos médicos César Leite, Alberto Las Casas e Salomão Rodrigues, ele apresenta ainda taquicardia, reação de estresse acentuada, transtorno de conduta e reação mista depressiva.
Ainda hoje, Cachoeira será submetido a exames, e a previsão é de que passe mais uma noite no hospital. Não há previsão de alta pois o bicheiro está em fase de diagnóstico do quadro clínico.
Desde que saiu da prisão, na madrugada da última quarta-feira (21), Cachoeira voltou para Goiânia com a mulher Andressa Mendonça. Eles estão morando no condomínio Alphaville Cruzeiro do Sul, na região sul.
Na quinta-feira (22), o casal fez o primeiro passeio pelas ruas da cidade. Eles foram a um salão de beleza, onde Cachoeira cortou e escureceu os cabelos e depois a um shopping center.
O contraventor Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cacheira, foi preso no dia 29 de fevereiro deste ano após a divulgação da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, sob acusação de exploração de jogos ilegais. A operação desarticulou organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás.
O bicheiro ficou conhecido em 2004 após divulgação de vídeo que o flagrou oferecendo propina a Waldomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu.
Em seguida, no início de março, escutas telefônicas da operação Monte Carlo, da Polícia Federal, revelaram que o senador Demóstenes Torres atuava no Congresso em favor de Cachoeira, defendendo os jogos ilegais. Segundo a PF, Demóstenes seria, ao lado do governador Marconi Perillo (PSDB-GO), um dos principais contatos de Cachoeira na política. Demóstenes nunca negou a amizade com o bicheiro, mas refutou, em pronunciamento na tribuna do Senado em março, as acusações de que agiria em favor dele no Congresso.
Depois da revelação das escutas da PF, o então senador rapidamente perdeu apoio dos colegas. Em 10 de abril, o Conselho de Ética do Senado abriu, a pedido do PSOL, um processo por quebra de decoro parlamentar, o que levou, três meses depois, à sua cassação.
O Congresso abriu ainda a CPI do Cachoeira, para investigar as relações do bicheiro com parlamentares – além de Demóstenes, foram citados nas gravações da PF os deputados federais Carlos Alberto Lereia (PSDB), Jovair Arantes (PTB), Stepan Nercessian (PPS) e Sandes Junior (PP).
Fonte: Notícias UOL
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