segunda-feira, 29 de julho de 2013

Corinthians e São Paulo empatam em incapacidade no Pacaembu

Não teve gol o clássico deste domingo, entre Corinthians e São Paulo, no Pacaembu. As duas equipes fizeram uma partida aquém da expectativa - que já não era grande, dado o futebol apresentado por ambas até aqui no Campeonato Brasileiro -, e, sem efetividade de nenhum dos lados, justificaram um nada emocionante empate por 0 a 0.

O Corinthians volta ao Pacaembu na quarta-feira, contra o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro. Agora de vez na zona de rebaixamento da competição nacional, com nove pontos ganhos, o São Paulo tem compromisso no mesmo dia, frente ao Bayern de Munique, mas já em meio à excursão por Europa e Ásia - o confronto com o time alemão é válido pela estreia na Copa Audi.
Neste domingo, assim que o árbitro Rodrigo Guarizo apitou o início do jogo, ficou claro o que Paulo Autuori pretendia com três volantes e um só meia – Paulo Henrique Ganso começou no banco de reserva: desfalcado (de Clemente Rodríguez, Denilson, Luis Fabiano e Aloísio), o São Paulo ficaria praticamente todo atrás da faixa central e jogaria por uma bola.
Fernando Dantas/Gazeta Press
Paulo André briga com Reinaldo em um jogo que Emerson resumiu com a seguinte frase: "Muito chato"
Sem mudar sua característica, o Corinthians foi para cima e quase abriu o placar em arremate à distância de Guilherme, espalmado por Rogério Ceni. Aos 13 minutos, Emerson acertou o travessão, mas a jogada já estava paralisada por impedimento. Pouco depois, foi a vez de Romarinho tabelar com Edenilson, invadir a área e bater rasteiro, rente à trave direita.
Apesar dos sustos, a equipe tricolor se portava de maneira mais concentrada e segura do que nos últimos jogos. Douglas e Reinaldo, ainda que com alguma dificuldade, tentavam frear respectivamente Emerson e Romarinho, enquanto Paulo Miranda não dava espaços à Paulo Miranda e tinha ainda a ajuda de Rafael Toloi na sobra. Restava aparecer a bola do jogo.
As chances até apareceram, mas o desenho tático são-paulino não era favorável aos contragolpes, pois os poucos homens de frente invariavelmente tinham mais de um marcador por perto. Aos 31 minutos, em lance de velocidade, Jadson prendeu demais a bola e foi desarmado por Ralf. Um novo contra-ataque, com Osvaldo, resultou apenas em escanteio.
A única finalização do São Paulo antes do intervalo foi aos 44 minutos. Wellington recebeu de Jadson na meia esquerda e, diante da rara liberdade oferecida pelos corintianos, resolveu experimentar o chute. O goleiro Cássio, porém, nem precisou se mexer. A bola saiu rasteira, sem força, a pelo menos três metros de sua trave direita.
Na volta para o segundo tempo, houve uma inversão de papéis, de início. Mais confiante, o São Paulo passou a se aventurar com maior frequência ao campo de ataque. Logo aos três minutos, Fabrício chutou firme da meia direita e obrigou a primeira defesa corintiana na partida. Sete minutos mais tarde, a bola caiu dentro da área nos pés de Ademilson, que também soltou o pé e parou em Cássio.
Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Alexandre Pato lamenta o desperdício de uma das poucas oportunidades criadas no Pacaembu
Tite resolveu mexer no Corinthians e chamou Renato Augusto e Alexandre Pato. Sob os gritos de "Corinthians veio pra vencer", o primeiro entrou no lugar de Emerson, ao passo que o segundo tomou a posição de Guerrero - minutos antes, o centroavante peruano havia causado confusão e sido advertido com cartão amarelo por deixar o braço no rosto de Paulo Miranda.
Pato tentou fazer por merecer a confiança do treinador. Aos 20 minutos, recebeu ótimo passe de Danilo, entrou na área pelo lado esquerdo e tocou na saída de Rogério Ceni. Cuidadosamente, a bola passou à esquerda da meta. O atacante ainda cabeceou duas bolas, uma facilmente defendida no canto direito baixo, outra para fora.
Autuori, por sua vez, tentou dar nova cara ao seu time, tirando Fabrício e Ademilson para as entradas de Maicon e Roni. Se as mexidas tiveram algum efeito, ele foi negativo. Nos minutos finais, o Corinthians cresceu na partida. Muito também porque Douglas, ao substituir Danilo, deu mais fôlego e criatividade à equipe alvinegra. Ainda assim, faltou pontaria para tirar o zero do placar e levantar a maioria dos pouco mais de 33 mil pagantes.

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