terça-feira, 23 de julho de 2013

Crack avança e se torna a droga ilícita mais presente em 47% das cidades de SP


O crack avança nas cidades do interior de São Paulo. O Mapa do Crack, apresentado na Assembleia Legislativa de São Paulo, mostra que o crack passou a ser a droga ilícita mais presente em 47% dos municípios que participaram da pesquisa, atrás apenas do álcool - uma droga lícita. No levantamento anterior, apresentado ano passado, o crack era citado como droga mais frequente em 31% dos municípios.



Divulgação
Aumento no consumo do crack preocupa médicos

A pesquisa realizada pela Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas foi feita com base em questionários respondidos por gestores públicos e funcionários da área de saúde de 299 municípios paulistas onde vive 74% da população do Estado.
A presença do crack nas cidades é medida com base no número de pedidos de tratamento na rede pública de saúde. Segundo o mapa, em 2011 foram atendidos 50. 511 pessoas dependentes do crack nas cidades que responderam o questionário.

O avanço da droga é maior nas cidades pequenas e médias. Nos municípios com população entre 5 mil e 50 mil habitantes a taxa de atendimentos é de 2,56 para cada mil habitantes. Nas localidades que tem entre 50 mil e 100 mil pessoas o índice é de 3,39 para mil, enquanto nas grandes cidades com mais de 100 mil habitantes o número cai para 1,42.
Em pelo menos 58 municípios o crack já superou o álcool como principal fonte de demanda para tratamentos na rede pública .
Cerca de 10% dos atendimentos se referem a pessoas com menos de 18 anos de idade e pelo menos 3 mil crianças com menos de 13 anos receberam tratamento para se livrar do crack no Estado de São Paulo. O índice de reincidência continua alto, mais de 50%.
“É preciso que os governos estadual e federal intensifiquem seus projetos junto aos 645 municípios com ações permanentes e integradas. Que haja envolvimento maior dos demais poderes e da sociedade civil organizada, universidades e redes comunitárias. Falamos de ações voltadas à prevenção, promoção, reinserção social e profissional, bem como a repressão ao tráfico do crack e outras drogas”, diz a conclusão do levantamento.

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