terça-feira, 7 de maio de 2013

Marcos reclama da regra, mas admite que Ceni “se adiantou muito”


A regra que proíbe goleiro de se adiantar em cobranças de pênaltis é contestada pelo ídolo palmeirense Marcos, mas, mesmo assim, o pentacampeão reconhece que Rogério Ceni exagerou ao avançar na batida de Alexandre Pato no clássico entre São Paulo e Corinthians, no domingo. Por isso, o ex-goleiro alviverde considerou indiscutível a decisão do árbitro Antônio Rogério Batista do Prado, que mandou voltar o chute.

“Naquele pênalti, não tem nem o que discutir. Foi mostrado pela TV que ele se adiantou muito. O Rogério é um cara inteligente e talvez tenha feito aquilo para desequilibrar (o Pato), porque não tinha o que perder. Às vezes, ele poderia ter defendido sem que o juiz mandasse voltar”, afirmou o ex-goleiro, durante evento de uma empresa de eletrônicos na capital paulista.
Companheiro de Rogério Ceni na Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo de 2002, Marcos defende o ex-colega por ter adotado a estratégia de se adiantar, mas imagina que dificilmente o árbitro deixaria a jogada passar.
Djalma Vassão/Gazeta Press
Marcos e Cafu concordam que árbitro acertou ao mandar Pato voltar a cobrança contra Rogério Ceni
“Seria muito difícil de o juiz não mandar voltar, porque não foi um passo para frente, e sim dois ou três antes de dar o impulso. Ficou até fácil para o juiz mandar voltar, mas é um grande goleiro, que tem um histórico fantástico tanto defendendo quanto batendo pênaltis. É uma coisa de jogo e ele podia ter feito aquilo, mas, se ia dar certo ou não, seria pela decisão do juiz”, acrescentou.
Depois que o árbitro ordenou que a cobrança fosse repetida, Alexandre Pato mandou para as redes e definiu a classificação do Corinthians para a final do Campeonato Paulista, eliminando o São Paulo. Apesar de considerar justa a decisão de Antônio Rogério Batista do Prado, Marcos defende uma mudança na regra.
“Se não der um passo para frente, o goleiro bate a cabeça na trave, ainda mais com o tamanho que eles têm hoje. Não dá para ficar só correndo na linha”, argumentou. Marcos ainda avalia que as leis do futebol vêm sendo aplicadas com critérios diferentes nos jogos.
“Há alguns critérios que não entendo. Quando o Palmeiras foi eliminado pelo Ipatinga, na Copa do Brasil, o Diego Cavalieri caiu quase em cima da linha, mas o juiz mandou voltar. Não sei qual foi a intenção do juiz na época, mas acho que tem de criar uma regra de um pé em cima da linha e saltar dali para onde quiser”, comentou.
Presente no mesmo evento nesta segunda-feira, o ex-lateral direito Cafu concordou com Marcos ao analisar o lance de Rogério Ceni, mas sem entrar em debate sobre uma possível mudança de regra.
“Acho que a intenção do Rogério foi desestabilizar o Pato, que, se fizesse, acabaria o jogo. Mas o árbitro viu, voltou a cobrança de forma justa e o Pato fez o gol. Não há motivo para polemizar, e a torcida do São Paulo não pode pegar no pé do Rogério, porque foi a tática que ele usou”, encerrou.

0 comentários:

Postar um comentário