Chocolate é uma delícia e isso não tem como negar. E mesmo com uma série de fatos científicos que nos dão bons motivos para incluir uma porção ou outra do doce no nosso dia a dia, ainda existem muitas preocupações com relação ao consumo de chocolate.
Nos últimos anos, pesquisadores e nutricionistas revelaram benefícios e mais benefícios da ingestão de quantidades moderadas de chocolate. As vantagens vão desde diminuir os riscos de doenças cardíacas até nos deixar mais estimulado.
Mesmo assim, o chocolate ainda faz o papel de vilão para muita gente. O surgimento da acne, o aumento de peso e o colesterol alto são alguns dos fatores que garantem a má reputação do alimento. Mas será que tudo isso é verdade ou não passa de mito? Confira cada um dos tópicos abaixo e sobre essa delícia.
Se você já considerou parar de consumir chocolate por causa do colesterol ruim (LDL), talvez seja a hora de repensar sua escolha. Embora o alimento realmente contenha manteiga de cacau – que é uma gordura saturada – a maior parte dessa gordura vem do ácido esteárico, que não age no organismo como uma gordura saturada. Prova disso é que alguns estudos apontaram que o chocolate não aumenta o LDL e ainda, para algumas pessoas, é capaz de diminuir os níveis de colesterol.
Mito #2 - Chocolate contém muita cafeína
Ao contrário do que muitos acreditam, o chocolate não contem grandes quantidades de cafeína. Uma barra comum de Hershey’s, por exemplo, contém 9 miligramas de cafeína enquanto sua versão amarga contém 31 miligramas. Agora compare esses números com os 320 miligramas de cafeína contidos em um café grande do Starbucks. É fato que os chocolates mais amargos contêm maiores quantidades de cafeína, mas ainda assim será uma porção muito menor do que se imagina.
Mito #3 - O açúcar do chocolate causa hiperatividade
Acreditamos que açúcar demais é um dos principais motivos pelos quais as crianças não param de correr e pular por um instante sequer, não é mesmo? Porém, mais de uma dúzia de estudos qualificados não conseguiram encontrar uma relação direta entre o açúcar presente na dieta das crianças e o comportamento hiperativo. A partir daí surgiram duas teorias: 1) ou o meio – festas, férias etc – é o que desencadeia a hiperatividade ou 2) são os pais que já esperam um comportamento fora do comum depois da ingestão de açúcar. Independente disso, nenhuma das duas alternativas está relacionada ao chocolate.
O alimento não precisa ser completamente eliminado da alimentação dos diabéticos. Na verdade, muitos se surpreendem ao descobrir que o chocolate tem um baixo índice glicêmico. Estudos recentes apontam que o chocolate amargo pode até mesmo aumentar a sensibilidade à insulina em pessoas com pressão sanguínea normal e alta, além de melhorar a disfunção endotelial em pacientes com diabetes. Logicamente, esses fatores variam de acordo com cada pessoa, então é sempre recomendável consultar um especialista.
Mito #5 - Chocolate dá cáries
Um estudo que buscou identificar o desenvolvimento de placas dentárias após a ingestão de chocolate revelou que o alimento tem um efeito menor do que o açúcar comum. É claro que a maior parte das pessoas não consome açúcar puro, mas outro estudo corrobora essa descoberta por não ter encontrado nenhuma ligação entre o chocolate e as cáries. Na verdade, um estudo da Universidade de Osaka, no Japão, revelou que algumas partes do cacau previnem a proliferação de bactérias e o surgimento de cáries.
Mito #6 - Chocolate engorda
Esse deve ser um dos mitos mais populares acerca desse alimento e ele não está de todo errado. Consumir grandes quantidades de chocolate é tão ruim quanto ingerir grandes quantidades de qualquer outro alimento. Por outro lado, um estudo realizado pelo National Institute of Health descobriu que o hábito de consumir pequenas porções de chocolate durante cinco dias estava relacionado a um menor índice de massa corporal, mesmo nos casos de pessoas que consumiam mais calorias e não praticavam mais atividades físicas do que outros participantes.
Um estudo apontou que consumir cerca de 40 gramas de chocolate por dia durante duas semanas era suficiente para reduzir os níveis de hormônios relacionados ao stress no corpo de pessoas que estavam se sentindo altamente estressadas.
Mito #8 - Chocolate não tem valor nutricional
Qualquer pessoa que já tenha pesquisado sobre o chocolate sabe que ele é um ótimo alimento. Alguns especialistas chegam até mesmo a classificá-lo como um superalimento. Uma barra tradicional de chocolate amargo contém tanto antioxidante quanto 2,75 xícaras de chá verde, 1 taça de vinho e 2/3 de xícara de mirtilos, além de conter uma série de minerais e fibras.
Mito #9 - Chocolate bom precisa ter pelo menos 70% de cacau
A recomendação que mais se ouve por aí é de que o chocolate a ser inserido na dieta tenha, no mínimo, 70% de cacau para trazer benefícios para a saúde. Uma regra geral é que, quanto mais escuro o chocolate, mais antioxidante ele contém, mas isso não significa que os outros chocolates não trarão vantagens. Em um estudo de 18 semanas, os participantes que comeram uma pequena porção de chocolate com 50% de cacau demonstraram uma redução significativa na pressão sanguínea. Outro estudo ainda revelou melhoras na pressão e no fluxo sanguíneo após o consumo de chocolate com 60% de cacau.
Esse tema é controverso e divide opiniões. Embora os astecas tenham espalhado a crença de que esse alimento pudesse dar um empurrãozinho nos encontros românticos, nenhum estudo realizado até então conseguiu encontrar evidências concretas de que o chocolate realmente faz a diferença entre quatro paredes. De qualquer maneira, o chocolate não deixa de ser um alimento sensual, que ajuda a relaxar e ainda pode ter características afrodisíacas que têm origem psicológica.
Mito #11 - Chocolate dá espinhas
Quem aqui, adolescente ou não, já não pensou duas vezes antes de comer um pedacinho de chocolate justamente por causa das espinhas?! Pois saiba que os pesquisadores buscam associar o alimento à acne desde a década de 1960, sempre sem sucesso. Um extenso relatório apresentado no periódico Journal of the American Medical Association concluiu, inclusive, que a alimentação não influencia no tratamento de acne na maioria dos casos e que grandes quantidades de chocolate não aumentam clinicamente a acne.
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Agora que você aprendeu que o chocolate pode ser um grande aliado, corra para garantir a sua porção diária do alimento – só não se esqueça de que moderação é a palavra-chave. E se quiser conferir todos os estudos relacionados a esses fatos, não deixe de acessar a matéria do site Mother Nature Network clicando aqui.
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