O presidente dos EUA, Barack Obama, e os republicanos na Câmara dos Representantes estão tentado descobrir maneiras para colocar fim a um impasse sobre o orçamento que provocou uma paralisação parcial do governo e colocou Washington à beira de um possível calote federal.
Os dois lados continuaram a dialogar durante a noite de quinta-feira (10) depois que Obama e autoridades de alto escalão do governo se reuniram por 90 minutos com o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, e outros líderes republicanos na Casa Branca. Nenhum acordo foi registrado e muitos obstáculos permanecem, mas ambos os lados falaram do encontro de maneira positiva, o que significa, ao menos, uma mudança no tom.
Obama marcou um novo encontro na Casa Branca nesta sexta-feira (11) com senadores republicanos que afirmam que apresentariam suas próprias alternativas para colocar fim à paralisação e para resolver o impasse sobre a elevação do teto da dívida.
Na quinta-feira, Boehner apresentou uma proposta à Casa Branca para estender por um curto prazo a capacidade do governo de se endividar evitando um calote até 22 de novembro. Entretanto, para aprovar a medida, Boehner fez a condição de que Obama concordasse em negociar cortes nos gastos com programas federais.
Segundo o jornal New York Times, o presidente Obama recusou o plano de Boehner . O Congresso, sob a lei americana, deve aprovar a elevação do teto para que o governo consiga pagar suas dívidas. Normalmente, essa é uma aprovação de rotina, mas os republicanos, que possuem maioria na Câmara dos Representantes, estão usando isso como moeda de troca para conseguir cortes no orçamento e mudanças na lei de reforma de saúde de Obama.
Em comunicado sobre a reunião, a Casa Branca afirmou que "nenhuma determinação específica foi feita", mas acrescentou que "o presidente busca fazer progresso com membros dos dois lados".
O líder da maioria da Câmara, o republicano Eric Cantor, disse que a reunião foi "esclarecedora para os dois lados" e que após uma noite de negociações "podemos ver um caminho adiante".
Um dos maiores problemas no plano de Boehner foi destacado pelo líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid. Depois que ele e seus colegas senadores tiveram seu encontro na Casa Branca com Obama, Reid disse que "não vão acontecer" negociações entre o presidente e os republicanos antes que o governo saia da paralisação. Obama insistiu inúmeras vezes que o Congresso reabra o governo e eleve o teto da dívida sem fazer condições.
Na quinta, o secretário do Tesouro Jacob Lew fez um alerta ao Comitê Financeiro do Senado dizendo que o fracasso em renovar a capacidade do governo de se endividar "pode ser profundamente prejudicial" ao mercado financeiro e pode ameaçar os empregos de milhares de americanos.
"Os EUA não deveriam se colocar nessa posição de fazer escolhas perigosas para nossa economia e nossos cidadãos", disse o secretário. "Não há como saber o dano irrevogável que tal decisão teria em nossa economia e no mercado financeiro."
Com AP
Fonte: Último Segundo
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