O presidente dos EUA, Barack Obama, criticou nesta quinta-feira (17) seus opositores republicanos que, segundo ele, prejudicaram a economia e a credibilidade dos EUA, emitindo uma forte repreensão por parte da Casa Branca depois de um prolongado impasse que forçou uma paralisação do governo e deixou o país sob a ameaça de um calote.
Conforme o Congresso reabriu o governo americano nesta quinta e permitiu a elevação do teto da dívida, o presidente alertou que o acordo alcançado de última hora alivia, mas não põe fim à profunda crise política e fiscal dos EUA. O governo e os republicanos sabem que o acordo adiou a amarga batalha para daqui a alguns meses. Obama fez um alerta contra a repetição do mesmo ciclo de prejuízos.
"O povo americano está farto de Washington", disse Obama em um tom enérgico. "Provavelmente, nada prejudicou mais a credibilidade dos EUA no mundo do que o espetáculo que assistimos nas últimas semanas."
E Obama criticou seus opositores que forçaram a paralisação de 16 dias do governo e ameaçou os EUA com um calote para lembrar que "desacordo não pode significar disfunção".
Milhares de funcionários públicos voltaram a trabalhar nesta quinta depois que a lei foi aprovada nas duas casas do Congresso na noite de quarta-feira e foi sancionada por Obama pouco depois da meia-noite. O acordo foi recebido de forma positiva ao redor do mundo, mas a ansiedade persistia em relação à estabilidade de longo prazo nos EUA.
Obama pediu ação da Câmara em dois assuntos grandes que passaram pelo Senado, controlado pelos democratas, mas travaram nas mãos dos deputados: a reforma do sistema de imigração dos EUA e a aprovação de uma lei agrícola envolvendo US$ 500 bilhões.
Obama também reiterou seu apelo por uma "abordagem equilibrada" em relação ao Orçamento do país -- linguagem que significa que ele quer ver algumas fontes novas de rendimento no Orçamento, tais como fechar brechas na tributação das corporações em vez de simplesmente promover cortes nos gastos do governo. Os republicanos da Câmara descartam a ideia de aumento de impostos.
"Eu entendo que não vamos concordar sobre tudo, de repente, agora que a nuvem da crise já passou. Democratas e republicanos estão distantes em uma série de questões", disse. "E às vezes nós vamos estar muito distantes para fechar um acordo. Mas isso não deve deter nossos esforços em áreas onde nós não concordamos."
Com AP e Reuters
Fonte: Último Segundo
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