quinta-feira, 28 de março de 2013

Em Mirassol, Palmeiras passa por humilhação histórica e leva 6 a 2


Há dez anos, a meses de sua primeira participação na Série B do Campeonato Brasileiro, o palmeirense sofreu com uma derrota por 7 a 2 para o Vitória, no Palestra Itália. um resultado similar ocorreu em Mirassol. O time da casa, que precisava dos três pontos para não entrar na zona de rebaixamento do Campeonato Paulista, marcou seis gols no primeiro tempo e venceu por 6 a 2.

O pesadelo começou cedo. Marcos Vinícius só estreou como profissional porque Mauricio Ramos teve indisposição estomacal no vestiário, minutos antes de o time entrar no campo. E Marcos Vinicius, de 20 anos, não poderia começar pior sua carreira, marcando gol contra com 40 segundos de jogo.
A partir daí, o que não faltaram foram falhas. Caion fez dois, aos nove e aos 11, aproveitando-se de Marcos Vinícius e Márcio Araújo. Para reagir, Gilson Kleina colocou Ronny em campo e o meia cruzou para Caio fazer, aos 22, e balançou as redes aos 30. Uma esperança nascida em vão. Aos 39, Leomir fez golaço de falta e abriu nova série de chutes certos contra Fernando Prass: Medina, aos 43, e Camilo, aos 46, fecharam o placar.
O segundo tempo serviu só para completar a apática atuação do Verdão. Na tabela, a consequência não é tão grande, já que o time segue na sétima posição, dentro da faixa de classificação para as quartas de final e tem chance de se recuperar ao receber o Linense, no Pacaembu, às 18h30 (de Brasília) deste sábado.
O que volta afetada de Mirassol é uma autoestima já baixa desde o rebaixamento no Brasileiro do ano passado. O time da casa não disputa nem a quarta divisão nacional, estava há cinco partidas sem vencer e seu treinador precisava da vitória para não correr risco de demissão. Ao menos nesta quarta-feira, a situação foi ainda pior para o Palmeiras.
Arte GE.Net
O jogo – A indisposição estomacal que tirou Mauricio Ramos da partida foi o primeiro e menor problema do Palmeiras na noite desta quarta-feira. Um mais preocupante foi exatamente seu substituto, Marcos Vinícius, que aos 40 segundos desviou cruzamento de André Luis contra as redes de Fernando Prass.
O lance, porém, não foi só um erro do zagueiro de 20 anos. Para cruzar, André Luis deu três dribles humilhantes em Juninho e não deu mais apenas porque não quis. O atacante do Mirassol parecia um profissional diante de um amador. Assim como toda a equipe do Palmeiras perante os anfitriões.
Os comandados de Gilson Kleina foram ao ataque sem nenhuma organização, como se não restassem, ao menos, mais 89 minutos para empatar ou virar. Aos donos da casa, que ainda não tinham nem chutado a gol e já venciam por 1 a 0, bastava aproveitar as chances que apareceriam. Foi exatamente o que aconteceu.
Aos nove minutos, sem confiança ou qualidade ou ambos, Marcos Vinicius ficou olhando Caion dominar toque de calcanhar de Leomir, girar e fazer 2 a 0. O camisa 9, novidade do time, marcou outro aos 11, aproveitando lançamento de Tiago Luís e vencendo Márcio Araújo na velocidade como se o volante fosse um garoto antes de balançar as redes.
Gilson Kleina e seus comandados se olhavam sem entender o que acontecia. Aos 19, o técnico resolveu agir, tirando Charles, tão inútil não só quanto os outros volantes, mas todos os outros titulares, para colocar Ronny. A ordem era para o meia-atacante tranquilizar o time, mas ele fez mais.
Com três minutos em campo, Ronny cruzou com precisão para Caio subir entre os zagueiros e comemorar seu primeiro gol como profissional como um anúncio de ressurreição no jogo. Aos 30, Ronny bateu de longe para fazer o seu e dar a sensação de que o empate viria. Mais uma ilusão.
Aos 39, Márcio Araújo falhou de novo, desta vez cometendo falta na entrada da área. Leomir fez um golaço mandando a bola no ângulo. A partir daí, quase todos os arremates do Mirassol entraram. Os premiados foram Medina, encobrindo Prass nas costas de Juninho aos 43, e Camilo, entrando na área como se andasse na sala de sua casa para fazer 6 a 2 aos 46.
Gilson Kleina voltou do intervalo com João Denoni no lugar de Léo Gago, deixando claro que o objetivo era não levar mais gols. Uma meta pequena diante da história do Palmeiras e que se confirmou aos longo de tristes 47 minutos para seu torcedor, sem nenhuma emoção entre os que estavam em campo. O palmeirense já não sabe mais o que esperar.

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