Divulgação/Vipcomm
O jogo – Preocupado de antemão com o frio que fazia em Londres, o técnico Luiz Felipe Scolari se assustou quando a Rússia esquentou os primeiros minutos de partida. A seleção adversária não esperou o Brasil se aquecer para fazer o goleiro Júlio César trabalhar bastante na etapa inicial.
“Temos que jogar!”, berrou Felipão, incomodado com a pressão exercida pela Rússia. O Brasil só jogava defensivamente até então. No ataque, o veterano Kaká se mostrava tímido com o número 10 às costas – arriscou poucos dribles, priorizou os passes para seus companheiros às jogadas individuais e frustrou a torcida quando errou um domínio de bola logo no começo do amistoso.
Do outro lado, a Rússia tinha um candidato muito mais forte para o papel de protagonista. O atacante Kerzhakov quase abriu o placar quando ficou com uma sobra dentro da área do Brasil após toque de mão (aparentemente, involuntário) de Fernando e chutou forte. Mandou por cima da meta. Pouco depois, só não marcou o gol porque Hernanes apareceu para travar seu chute na esquerda.
Acuados, os defensores do Brasil passaram a colaborar com os gritos de Felipão e finalmente empurraram o time ao ataque. Sem empolgar. Neymar chegou a fazer algumas boas jogadas, mas voltou a ouvir reclamações do público britânico por cair em campo e por fazer uma falta dura. Oscar participava pouco do jogo, disputado na casa do seu time, o Chelsea. E Fred não era objetivo quando recebia a bola – tentou até um infrutífero toque de calcanhar em uma de suas raras oportunidades.
Com o tempo, os dois times ficaram mais bem postados defensivamente e sem criatividade ofensiva. O amistoso perdeu emoção. Tanto foi assim que a torcida preferiu se entreter com “olas” até o final do primeiro tempo. No intervalo, ouviram-se vaias para as duas seleções.
O técnico italiano Fabio Capello tentou fazer a sua parte para melhorar a Rússia para o segundo tempo, trocando Anyukov, Kokorin e Brystov por Kombarov, Zhirkov e Shatov. Pela Seleção Brasileira, Felipão achou melhor dar mais tempo para a sua formação inicial. A mudança foi apenas estratégica, com Neymar e Kaká mais abertos nas laterais.
Como o Brasil não ganhou mais do que volume de jogo na segunda etapa, Felipão decidiu fazer a sua primeira alteração. Hulk substituiu o apagado Oscar. Não adiantou. Aos 27 minutos, um bombardeio russo resultou no primeiro gol do amistoso. A bola rodou de um lado a outro na área brasileira, até que Fayzulin chutou firme para acertar a rede.
O gol foi a senha para Felipão fazer mais uma alteração no Brasil. Diego Costa entrou no lugar de Kaká, e o Brasil evoluiu um pouco – também porque a Rússia estava mais interessada em se defender. O lado esquerdo do campo virou uma válvula de escape para a equipe amarela. Foi por lá que, aos 44 minutos, Marcelo e Hulk investiram antes do cruzamento rasteiro que Fred completou para a rede.
Fonte: Gazeta Esportiva
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