quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

História do Vôlei no Brasil

Conforme as pesquisas realizadas em diversos livros, concluímos que a chegada do vôlei no Brasil tem duas versões. Uma é que o vôlei foi praticado pela primeira vez aqui, em 1915, no Colégio Marista de Recife.


A outra é que o vôlei chegou ao Brasil entre 1916 e 1917, por iniciativa da Associação Cristã de Moços (ACM) de São Paulo, versão brasileira da existente YMCA dos Estados Unidos.


Não se tendo exatamente como o vôlei entrou no país, o que se sabe de fato é que o primeiro clube brasileiro que adotou a modalidade foi o Fluminense. Em 1923, foi o clube das laranjeiras que organizou um torneio aberto para os membros da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres.


Trinta anos mais tarde, em 1951, o ginásio do clube carioca realizou o Primeiro Campeonato Mundial Sul-americano de Vôlei. O Brasil foi o vencedor na época com as seleções masculinas e femininas.


Contudo, o grande passo para o crescimento do esporte no Brasil foi com a criação da Confederação Brasileira de Voleibol. Foi ela a responsável por promover cursos para difundir o esporte e também a responsável pelas criações de escolinha de vôlei.


Em 1955, o Brasil estreava, juntamente com o vôlei, nos Jogos Pan-americanos, na Cidade do México.


Dez anos mais tarde, em 1964, o Brasil também estava presente na estréia do vôlei no programa olímpico, nos Jogos de Tóquio, no Japão. Desde lá o Brasil sempre participou de todas as edições das Olimpíadas.

O Brasil entre os melhores
Em 1975, com um excelente trabalho realizado pela CBV, o Brasil entrava para o seleto grupo das grandes potências do vôlei. Isto ocorreu quando o presidente Carlos Arthur Nuzman (hoje presidente do Comitê Olímpico Brasileiro) assumiu a presidência da CBV.
Nuzman apostou em um trabalho a longo prazo e no apoio a iniciativa privada. Com isso foi montada uma grande infra-estrutura que ajudou e muito para o surgimento de grandes revelações e conquistas para o vôlei brasileiro.

Sete anos depois que assumiu a presidência da CBV, Nuzman colhia os frutos de ter apostado no incentivo das empresas privadas. O Brasil conseguia uma inédita medalha de prata no Campeonato Mundial masculino, disputado em 1982, em Buenos Aires, na Argentina. Em 1984, o Brasil novamente teria uma grande participação com competições internacionais. Desta vez, conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, perdendo na final para os norte-americanos. Nesta época, o então técnico Bernardinho era jogador daquela seleção.


O sucesso da seleção brasileira era tanto, que um amistoso contra a União Soviética foi realizado no estádio do Maracanã, no qual reuniu mais de 100 mil pessoas. Um recorde de público no cenário mundial do vôlei. Nesta época a seleção era composta pela geração conhecida como a “geração de prata” por: Bernard, Montanaro, Renan, Willian, Amauri, Fernandão, Domingos Maracanã, Bernardinho, entre outros.

Da geração de prata à geração de ouro


Em 1992, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, na Espanha, uma nova geração entrava no cenário da seleção masculina de vôlei. A geração anterior, conhecida como a geração de prata, dava lugar a geração de ouro. Naquela Olimpíada, o tão sonhado ouro era conquistado pela seleção brasileira que tinha nomes como o de Tande, Marcelo Negrão, Giovani, Maurício, Paulão e Carlão.

Depois dos Jogos Olímpicos de Barcelona, o Brasil entrava de vez no cenário mundial como favorito a conquistar as competições. Tanto que a seleção masculina nos anos seguintes conquistou vários títulos na Liga Mundial, no Mundial e na Copa do Mundo, além de mais um ouro olímpico.




Depois de Tande, Giovane e Paulão, surgiam nos anos 2000 estrelas que brilham e fizeram do Brasil atualmente a maior potência do vôlei no mundo com Giba, Serginho, Gustavo comandado pelo treinador multicampeão Bernardinho.


As meninas do vôlei brasileiro também brilham


As meninas do vôlei brasileiro também fizeram história no cenário mundial. Em 1996, elas entraram de verdade conquistando as medalhas de bronze em 1996, nas Olimpíadas de Atlanta, nos Estados Unidos e em 2000, nas Olimpíadas de Sydnei, na Austrália. Vários títulos no Grand Prix, Campeonatos Mundiais e Copas do Mundo foram coroados com a conquista da medalha de ouro olímpica, inédita até então no vôlei feminino, nos Jogos Olímpicos de Pequim, na China, em 2008.

O futuro do vôlei brasileiro está na nova geração

Todo o sucesso que vem tendo o vôlei brasileiro vem com um excelente trabalho realizado pela Confederação Brasileira de Vôlei. Até agora, as categorias de base do vôlei masculino e feminino já estiveram mais de 100 vezes no pódio em competições internacionais desde 1972. Tudo isto aponta um futuro promissor para o vôlei no Brasil. A cada nova geração, uma nova era de campeões vem surgindo no Brasil neste esporte e tornando-se além do país do futebol o país do vôlei.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- LIVRO: Almanaque dos Esportes, Editora Europa, 2009.
- LIVRO: A História dos Esportes, Orlando Duarte, 4ª ed. Editora Senac, SP, 2004.
- LIVRO: O Guia dos Curiosos: esportes 3ª ed. Marcelo Duarte, Editora Panda Books.
- LIVRO: Fique por Dentro – Esportes Olímpicos, Benedito Turco. - Rio de Janeiro. Casa da Palavra: COB, 2006.
- LIVRO: O que é vôlei, Silva Silveira, Armando Freitas. – Rio de Janeiro: Casa da Palavra: COB, 2007.
- SITE: Confederação Brasileira de Vôlei - http://www.cbv.com.br/
- SITE: Federação Paulista de Voleibol – http://www.fpv.com.br/
- SITE: Federação de Vôlei do Rio de Janeiro – http://www.voleirio.com.br/
Fonte: Travinha Esportes

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