Com a voz baixa e sem entusiasmo, Tite nem parecia o técnico vitorioso no primeiro duelo pela semifinal da Copa Libertadores, na Vila Belmiro. Por volta da 1h de quinta-feira, o treinador concedeu entrevista coletiva, brecou a euforia pelo triunfo por 1 a 0 sobre o Santos e aparentou irritação com a arbitragem.
“O jogo continua aberto, temos essa consciência, tanto é que nenhum atleta ficou comemorando”, decretou. O Timão precisa de um empate no Pacaembu, na próxima quarta-feira, para chegar pela primeira vez a uma final de Libertadores.
Em relação ao árbitro Marcelo de Lima Henrique, Tite selecionou bem as palavras para não evidenciar sua irritação. Por mais de uma vez, respondeu: “Não quero falar nada de arbitragem, não vou falar nada. Não me perguntem mais nada. Eu não quero falar de arbitragem, por favor."
Emerson Sheik, autor do gol da vitória fora de casa, acabou expulso após receber dois amarelos por faltas duras e cumpre suspensão na próxima semana. Além disso, os corintianos reclamaram de dois pênaltis sobre o camisa 11, um no primeiro e outro no segundo tempo.
“Quero ver melhor o lance, para ser criterioso, para não ficar jogando, questionando. Eu tenho outras coisas pra falar, mas não quero. Deixa para vocês [jornalistas] fazerem a avaliação”, comentou, sobre o vermelho a Sheik.
A próxima questão foi sobre o lance de Durval com Sheik, em que os corintianos pediram pênalti. “Essa pergunta logo na sequência da outra responde por mim. Não sei se estava dentro da área. Não me bota em saia justa, por favor.”
Indagado a respeito de sua apatia na entrevista, Tite disse que respeita o Santos e faltam 90 minutos para definir a classificação. Atribuiu também à morte da filha de Gilvan, segurança do Corinthians e segundo funcionário mais antigo no clube. “Sou um cara muito ponderado, aprendi a ser equilibrado. Um abraço para o Gilvan, nosso segurança. Fica a nossa solidariedade a ele. Perdeu a filha. Estamos todos comovidos.”
Fonte: Esporte UOL
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