A polícia de Hong Kong prendeu seis tripulantes de duas embarcações cuja colisão deixou 38 mortos, no maior acidente marítimo do território em mais de uma década.
Segundo a polícia de Hong Kong, os membros da tripulação foram presos devido a suspeitas de que colocaram a vida de passageiros em risco, ao operar o navio de forma pouco segura.
A embarcação Lamma IV afundou na segunda-feira, após colidir com uma balsa. A segunda embarcação envolvida no acidente conseguiu voltar ao porto sem danos graves. Apenas alguns passageiros tiveram ferimentos leves.
O Lamma IV levava mais de 120 pessoas para ver um show de fogos de artifício. A queima de fogos era parte das comemorações por um feriado de uma semana na China para marcar um festival de outono e a data da proclamação da República.
Mais de cem pessoas do barco que naufragou foram regatadas e levadas para hospitais nas imediações. A polícia ainda não sabe o número exato de pessoas que estava na embarcação no momento do acidente, mas está entrevistando sobreviventes para determinar se há mais desaparecidos.
Naufrágio rápido
A companhia de eletricidade Hong Kong Electric confirmou à BBC que era proprietária do barco que naufragou. Ele levava funcionários e familiares para assistir aos fogos em Victoria Harbour, um dos pontos mais conhecidos da cidade.
A outra embarcação era uma balsa operada pela Hong Kong and Kowloon Ferry, com cerca de cem pessoas a bordo.
Um passageiro relatou o que aconteceu ao jornal local The South China Morning Post : "Após dez minutos de viagem, um barco bateu na parte de trás em alta velocidade. O barco começou a afundar. De repente, eu estava dentro d'água. Nadei e tentei agarrar uma boia", afirmou o homem. "Não sei onde estão meus dois filhos."
Testemunhas disseram que a embarcação afundou rápido. "Em dez minutos, o barco tinha afundado. Tivemos de esperar mais 20 minutos pelo resgate", disse outro homem.
O porto de Hong Kong é um dos mais movimentados do mundo, mas há poucos registros de acidentes com transporte de passageiros na região.
Com BBC Brasil
Fonte: Último Segundo
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