segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Líder da Ucrânia diz aceitar negociar enquanto posiciona polícia contra protesto

O presidente ucraniano, Viktor Yanukovych, concordou nesta segunda-feira em se encontrar com três ex-presidentes do país para negociar como pôr fim à crise que atinge a Ucrânia. Yanukovych disse em seu site que o encontro rotulado de "mesa redonda nacional" ocorrerá na terça-feira.

AP
Policiais antidistúrbio bloqueiam ativistas pró-UE reunidos na Praça da Independência, em Kiev

O anúncio foi feito enquanto vários policiais antidistúrbio foram posicionados do lado de fora de redutos de protestos em Kiev, levantando temores de uma repressão.
Há três semanas, Yanukovych enfrenta os piores protestos da oposição desde a Revolução Laranja de 2004, depois de escolher congelar vínculos com a União Europeia (UE) e estreitar os laços com Moscou.
Milhares de manifestantes passaram a noite sob um frio congelante no centro de Kiev após um enorme protesto antigoverno no domingo, em que um grupo de pessoas destruiu a estátua do líder revolucionário russo Lênin, levando seus pedaços desmembrados como troféus para a Praça da Independência.
AP
Oficiais da polícia antidistúrbio são visto dentro de ônibus enquanto esperam para bloquear ativistas reunidos na Praça da Independência em Kiev, Ucrânia
Os manifestantes reivindicam a renúncia do governo de Yanukovych e novas eleições. Eles estão revoltados com as especulações de que Yanukovych, que se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, na sexta-feira em Sochi, pode levar a Ucrânia a um acordo aduaneiro, uma decisão que a oposição alega se encaixar no projeto de Putin de recriar a União Soviética.
Eles também criticam Yanukovych por se recusar a assinar um acordo de associação com a UE no mês passado. O presidente disse que o arquivou pelo fato de que o pacto poria o comércio com a Rússia em risco.
Nesta segunda, uma coluna de 20 ônibus policiais foram enviado à capital a partir de Vasylkiv, a 20 km ao sul da cidade, informou a TV 5 Kanal.
A Comissão Europeia afirmou que a chefe de política externa da UE, Catherine Ashton, viajará à Ucrânia nesta semana "para apoiar uma forma para sair da crise política".
O partido opositor da ex-prêmie Yulia Tymoshenko, que está presa, conclamou a população a perseguir o presidente "até que ele caia".

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