Os EUA pediram que a Coreia do Norte conceda uma anistia para a libertação imediata do coreano-americano sentenciado a 15 anos a trabalhos forçados por "atos hostis" contra o Estado. A sentença de Kenneth Bae, 44, vem depois de dois meses de ataques retóricos de Pyongyang, com a Coreia do Norte ameaçando tanto os EUA como a Coreia do Sul com guerra nuclear.
Bae é ao menos o sexto americano detido na Coreia do Norte desde 2009. Os outros eventualmente foram deportados ou soltos sem cumprir suas sentenças, alguns depois de viagens a Pyongyang de americanos importantes, incluindo ex-presidentes.
Analistas dizem que a condenação de Bae poderia ser um esforço de Pyongyang de conquistar concessões diplomáticas no impasse atual sobre seu programa nuclear.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Patrick Ventrell, afirmou nesta quinta que os EUA ainda tentam conhecer os fatos do caso. Ele disse que a Embaixada da Suécia em Pyongyang, que lida com as questões consuladores dos EUA no país, não compareceu ao julgamento de terça.
O ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, que já viajou à Coreia do Norte no passado para tentar libertar um americano detido, não tem planos de repetir o ato em favor de Bae, disse sua assessora de imprensa, Deanna Congileo. "O presidente Carter não recebeu nenhum convite para visitar a Coreia do Norte e não tem planos de visitar", disse à Reuters em um email.
Como a Coreia do Norte tem usado prisioneiros americanos como moeda de troca em negociações com Washington, houve crescentes especulações na mídia da Coreia do Sul de que uma figura como Carter viajaria a Pyongyang para negociar a libertação de Bae.
Carter tem um histórico de missões diplomáticas à Coreia do Norte, seja representando o governo dos EUA ou em viagens particulares de cunho humanitário. Em 2010, ele ajudou a conseguir a libertação de Aijalon Mahli Gomes , um americano preso por entrar ilegalmente no país, e desempenhou um papel fundamental na elaboração de um acordo nuclear em 1994 entre Washington e Pyongyang.
O ex-presidente Bill Clinton foi à Coreia do Norte em 2009 e obteve a libertação de duas jornalistas americanas que tinham sido sentenciadas a 12 anos de trabalhos forçados por entrar ilegalmente no país.
*Com AP e Reuters
Fonte: Último Segundo
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