A seleção brasileira não teve inspiração para furar a retranca argentina no primeiro jogo do Superclássico das Américas em Goiânia. O burocrático empate por 1 a 1 fazia a torcida voltar a xingar o técnico Mano Menezes de burro e pedir por Luiz Felipe Scolari.
Mas o gol de pênalti de Neymar nos acréscimos decretou um 2 a 1 que salvou a pele do atual treinador.
Felipão deixou recentemente o Palmeiras e, desde então, virou uma sombra para Mano na seleção, pelo fato de o treinador ter conquistado a Copa do Mundo de 2002 pela seleção brasileira. No discurso, o atual comandante do escrete canarinho não se mostrou abalado com o fato, mas a tendência é que a cobrança por um rendimento melhor do Brasil aumente ainda mais pelo mau desempenho apesar da vitória.
O jogo de volta entre Brasil e Argentina será disputado no próximo dia 3 de outubro, na cidade argentina de Resistência. Se empatar, a seleção brasileira conquistará o Superclássico das Américas pela segunda vez consecutiva.
O técnico Alejandro Sabella cumpriu o prometido e escalou a Argentina numa retranca. O time atuou num 5-3-1-1, com o corintiano Martinez e o palmeirense Barcos isolados no ataque. Tal estratégia atrapalhou os planos do Brasil, que teve muita posse de bola, mas não conseguia passar pela linha de defesa rival.
Com apenas um treino com bola, a seleção brasileira mostrou muitos problemas de posicionamento, o que fez Mano gesticular muito e tentar orientar a equipe na base do grito. Articulador das jogadas, Jadson estava perdido em campo e por muitas vezes atuou no mesmo espaço que Neymar.
No primeiro chute a gol da partida só aos 19 minutos, Martinez fez bela jogada individual e arrematou sem chance para Jefferson. Ao contrário do esperado, o torcedor goiano, que lotou o estádio, resolveu incentivar a seleção brasileira, que respondeu com um gol impedido de Paulinho após cruzamento de Neymar: 1 a 1.
Mas o tento serviu apenas para salvar a pele da seleção na primeira etapa, pois os problemas continuaram os mesmos. O trio ofensivo formado por Luis Fabiano, Lucas e Neymar estava pouco inspirado, e as primeiras vaias da torcida foram ouvidas.
“Eles estão com uma proposta de segurar o empate para o jogo de volta na Argentina. Devemos ter paciência para furar este bloqueio”, pregou o goleiro Jefferson.
Mano não trocou nenhum jogador no intervalo, e preferiu orientar Neymar e Jadson a se movimentar por todos os lados do campo. Mas o Brasil seguiu travado na defesa da Argentina mesmo com essa mudança tática. Os quase 40 mil torcedores que compareceram ao Serra Dourada pareceram não se importar com o desempenho da seleção e fizeram até a famosa “ola”.
Incomodado com a ineficácia de Jadson em campo, Mano colocou Thiago Neves no seu lugar. Sumido em campo, Luis Fabiano deu lugar a Leandro Damião. O primeiro chute do Brasil saiu apenas aos 26min do segundo tempo, quando Paulinho fez o seu segundo gol, mas o auxiliar assinalou impedimento.
A torcida parou de apoiar o time quando o técnico Mano Menezes trocou Lucas, queridinho dos torcedores, por Wellington Nem. A mudança revoltou os torcedores, que voltaram a xingar Mano de burro e pediram por Felipão. O panorama da partida continuou o mesmo, mas a seleção foi salva por um gol de pênalti de Neymar nos acréscimos que decretou o 2 a 1 e salvou o atual treinador da impaciência do povo goiano.
BRASIL 2 x 1 ARGENTINA
Data: 19/09/2012 (quarta-feira)
Publico total: 37.871 pessoas
Renda: R$ 2.700.670,00
Local: estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Cartão Amarelo: Paulinho e Neymar (Brasil); Desabato (Argentina)
Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai)
Auxiliares: Rodney Ubaldo Aquino e Carlos Santiago Caceres (ambos do Paraguai)
Gols: Martinez (Argentina), aos 19min e Paulinho (Brasil) aos 25min do primeiro tempo; Neymar (Brasil) aos 47min do segundo tempo
Brasil
Jefferson, Lucas Marques, Rever, Dedé e Fabio Santos; Ralf, Paulinho e Jadson (Thiago Neves); Lucas (Wellington Nem), Neymar e Luis Fabiano (Leandro Damião)
Técnico: Mano Menezes
Argentina
Ustari, Lisandro Lopez (Vergini), Sebá Dominguez e Desábato; Peruzzi, Maxi Rodriguez, Braña, Guiñazu e Clemente Rodríguez, Martinez (Somoza) e Barcos (Mori).
Técnico: Alejandro Sabella
Fonte: Copa do mundo UOL
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