
Por causa do apagão, centenas de mineiros estão presos em Burdwan, 180 km ao noroeste de Calcutá, onde as minas são operadas pela empresa estatal Eastern Coalfields. "Estamos tentando resgatá-los e todos os esforços estão sendo feitos para religar a energia", afirmou a ministra-chefe do Estado de Bengala Ocidental. "Precisamos da energia para colocar os elevadores subterrâneos em funcionamento."

Indianos esperam ônibus depois de o metrô de Nova Délhi parar por falta de energia
O blecaute aconteceu por volta das 13h locais (4h30 de Brasília) e afetou pessoas em 20 dos 28 Estados indianos - mais de três Brasis ou a população total da União Europeia mais Turquia. O apagão foi incomum em seu alcance, estendendo da fronteira com o Miamar, no noroeste, à fronteira com o Paquistão, a cerca de 3 mil km de distância. Seu impacto, porém, foi suavizado pela familiaridade que os indianos têm com quedas de energia frequentes e pelo amplo uso de geradores em grandes empresas e instalações-chave como hospitais e aeroportos.
A grande falha - um dia depois de um problema elétrico similar, mas menor - causou preocupações sobre a infraestrutura desatualizada da Índia e sobre a falta de habilidade do governo de corresponder a seu grande apetite por eletricidade enquanto o país pretende se tornar uma potência econômica regional.
A falha prejudicou o serviço de trens no norte e no leste do país e o de metrô nas cidades de Nova Délhi e Calcutá, que ficaram temporariamente suspensos. Milhares saíram dos abafados metrôs da capital quando o moderno sistema subterrâneo parou de funcionar na hora do almoço. Prédios comerciais mudaram seus geradores para combustível diesel, e o tráfego nas rodovias ficou congestionado.
"Teremos de esperar por uma hora ou uma hora e meia, mas até lá estamos tentando restaurar o metrô, a ferrovia e outros serviços essenciais", afirmou o ministro de Energia, Sushilkumar Shinde.
Shinde culpou alguns Estados pelo colapso no sistema, afirmando que usavam mais do que a sua parte de eletricidade da já sobrecarregada rede elétrica. A terceira maior economia da Ásia sofre com uma insuficiência energética de 10% nos horários de pico, pesando sobre o crescimento econômico.
As redes de energia do sul e oeste do país forneciam energia para ajudar a restaurar os serviços, informou as autoridades.
O problema foi agravado por uma fraca temporada de monções nos Estados agricultores, como o cinturão de trigo de Punjab e Uttar Pradesh, nas planícies do Ganges, que tem uma população maior que o Brasil. Com menos chuvas para irrigar as plantações, mais fazendeiros recorrem a bombas elétricas para retirar água de poços.
*Com Reuters, AP e EFE
Fonte: Último Segundo
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