Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo e outros veículos nacionais deram destaque para um problema que acomete a cidade de São Paulo e pode se agravar caso não sejam tomadas as devidas soluções: o abastecimento de água na capital e em algumas cidades da região pode entrar em colapso até 2024.
De acordo com especialistas, é preciso investir na construção de novos reservatórios dentro de cinco anos para que metade da Grande São Paulo, além das cidades de Campinas, Jundiaí, Limeira e Piracicaba não acabem com um drástico corte do abastecimento nos próximos anos.
Hoje, é o Sistema Cantareira que atende essas cidades, sendo responsável pelo abastecimento de 14 milhões de paulistas. Mas com o crescimento demográfico e industrial previsto para o período, o sistema não terá como atender adequadamente à população. Tal constatação vem de órgãos técnicos e empresas ligadas ao saneamento que alertam desde já que será necessário buscar novas fontes de recursos hídricos para dar conta do aumento no consumo.
Estima-se que o crescimento populacional médio na Grande São Paulo é de 1% ao ano, enquanto a região de Campinas registra um aumento anual de 4%. Esses números representam mais 400 mil moradores por ano que precisaram contar com o abastecimento de água.
“Vamos começar com racionamento de água e terminar no colapso. Se três reservatórios previstos não forem construídos, o colapso é certo. Eles são prioritários, questão de vida ou morte”, explica Francisco Lahoz, secretário executivo do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
Com o crescimento e desenvolvimento acelerado das cidades do interior do estado, o PCJ aprovou na semana passada um pedido de aumento da vazão de água, que passaria a liberar 8 mil litros por segundo para essas cidades. No entanto, isso está longe de ser a solução para o problema, já que atualmente a região de Campinas utiliza 5 mil litros por segundo e a projeção para daqui a dez anos é que a região precise de 18 mil litros por segundo para poder atender seus moradores.
Sem a construção de novas represas, a única alternativa para dar conta da demanda crescente das cidades do interior seria diminuir o fornecimento que hoje é dedicado à Grande São Paulo. "Com a demanda que existe na Região Metropolitana de São Paulo, é fundamental que seja mantida essa vazão de 33 mil litros de água por segundo para que não exista o colapso", revela Paulo Massatto, diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Preocupada com a possível falta de água na capital, a Sabesp encaminhou documentos aos órgãos responsáveis defendendo a manutenção da divisão da água que é produzida no Sistema Cantareira. A Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos está trabalhando para que não haja conflitos entre os municípios.
Fonte: MegaCurioso
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