O goleiro Júlio César havia avisado que evitaria fazer críticas à Cafusa, bola utilizada na Copa das Confederações. Afinal, o veterano tem adotado todos os cuidados possíveis para que o desfecho de sua nova passagem pela Seleção Brasileira não seja o mesmo da Copa do Mundo de 2010, quando falhou na derrota para a Holanda depois de reclamar bastante da polêmica Jabulani.
Bastaram três jogos do Brasil na Copa das Confederações, no entanto, para Júlio César não conseguir mais se controlar em relação à Cafusa. “Falei que não comentaria nada da bola, mas é nítido o que acontece quando os jogadores chutam de longe. Há um motivo para o efeito que a batida pega. O Balotelli sabe disso e, como tem qualidade, passou a arriscar finalizações de todos os lugares do campo contra a gente”, argumentou.
Em 2010, Júlio César dizia que a Jabulani era muito leve e instável – o mesmo problema que ele afirma ter notado na Cafusa. As duas bolas foram fabricadas pela Adidas, patrocinadora da Fifa e principal concorrente da Nike, parceira da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Djalma Vassão/Gazeta Press
Mesmo que a bola fosse do agrado de Júlio César, o goleiro teria grandes preocupações no próximo compromisso da Seleção Brasileira. Ele respeita muito o trio ofensivo formado por Suárez, Cavani e Forlán, principal arma do Uruguai na quarta-feira, no Mineirão, em jogo que vale vaga na decisão da Copa das Confederações.
“São três atacantes fortíssimos, que podem decidir uma partida com uma piscada de olho. Conheço todos muito bem. O Suárez foi considerado um dos melhores de sua posição no último Campeonato Inglês. O Cavani está mantendo uma regularidade há muito tempo no futebol italiano, sendo requisitado por vários clubes. O Forlán era fantástico nos treinos de finalizações que fazíamos na Inter de Milão, chutando com os dois pés”, enalteceu.
De qualquer maneira, Júlio César garante que está preparado para enfrentar Suárez, Cavani, Forlán e a Cafusa. “Eu me sinto muito concentrado. Também vou pedir para o nosso time ficar atento ao rebote para não sermos surpreendidos”, disse o desafeto da bola da Copa das Confederações.
Fonte: Último Segundo
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