segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Red Bull se inspira em Vettel para virar potência no futebol europeu


Três títulos mundiais consecutivos e a consagração como o mais jovem campeão da história da Fórmula 1. A rapidez com que o alemão Sebastian Vettel conduziu a Red Bull ao topo do mundo no automobilismo serve como inspiração para a franquia repetir o mesmo sucesso em outras modalidades. 


No futebol, a empresa ainda engatinha, mas já se anima com os resultados apresentados em Salzburgo, a sua sede na Áustria.
Administrados pela companhia austríaca de bebidas energéticas, os clubes também se espalham por Brasil, Gana, Alemanha e Estados Unidos – este sendo o principal da franquia, com Thierry Henry e Juninho Pernambucano no elenco. Enquanto os norte-americanos investem pesado em estrelas com vasta bagagem no futebol, os austríacos tentam elevar a popularidade da equipe com a vaga na fase classificatória para a Liga dos Campeões.
Ao lado dos compatriotas André Ramalho e Alan, o brasileiro Rodnei se apóia no sucesso obtido nas pistas da F-1 para alcançar as mesmas glórias nos gramados. “Gosto de assistir às provas e ver o Vettel é uma inspiração. Eles até reúnem os pilotos campeões em uma festa em Salzburg e fazem excursões para acompanhar os Grand Prix na Europa. Eu não tive a chance de ir a nenhum, mas eles sempre tentam criar este contato”, diz o defensor de 27 anos.

As ambições do brasileiro, porém, não serão alcançadas facilmente. Apesar de o Red Bull Salzburg ocupar a vice-liderança no Campeonato Nacional, o clube ainda enfrenta a animosidade dos torcedores por ter ‘apagado’ a sua história. Adquirida pela empresa em 2005, a equipe abdicou da tradição presente desde a sua fundação, em 1933, e agora tenta motivar os austríacos a abraçarem o time com as conquistas dentro de campo.
Através de um marketing esportivo que ainda dá os seus primeiros passos no país, a diretoria do Red Bull busca associar a imagem de esportistas vitoriosos em outras modalidades com o futebol. A equipe até promove vendas de materiais ligados a esportes radicais e aos pilotos de sua escuderia na loja oficial do clube, localizada em seu próprio estádio. A iniciativa é recente e as arquibancadas ganham até bandeiras gigantes para disfarçar os espaços vazios em dias de jogos oficiais.
“O nosso marketing ainda está engatinhando e a torcida fica brava quando chega alguém e investe desse jeito. Tudo precisa ser conversado e eu não sei dizer se essa forma encontrada por eles é a correta. O futebol precisa mudar quando não dá certo e as coisas precisam caminhar de um jeito. A antipatia fica para os rivais que nos encaram como o time a ser batido dentro do campeonato”, comentou Rodnei.



A favor do Red Bull pesa o fato de o futebol austríaco não apresentar o mesmo fanatismo visto no Brasil. Ao invés de escolherem times de fora de sua cidade para torcer, os moradores de Salzburgo acompanham apenas as agremiações formadas no município e já demonstram interesse em adquirir as camisas de atletas com fama internacional. O espanhol Jonathan Soriano, convocado para a seleção da Catalunha na despedida do técnico Johan Cruyff, e o senegalês Sadio Mané, titular na equipe nacional de seu país, são duas das grandes esperanças do clube para deixar de ser apenas mais um tímido coadjuvante no Velho Continente.

Fonte: Gazeta Esportiva

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