De olho roxo, ainda como consequência de cotovelada que recebeu no sábado, Valdivia foi um dos primeiros a reclamar com o árbitro nesta terça-feira, mas foi, também, o responsável por fazer o Palmeiras superar o seu próprio nervosismo. Com gol e assistência do chileno, autor de outros lances de perigo, o time venceu o Avaí de virada por 4 a 2.
O camisa 10 apareceu quando a equipe precisou em Santa Catarina. Logo após erros de Wesley, Márcio Araújo e Vilson proporcionarem a Márcio Diogo a chance de abrir o placar aos 14 minutos, o Verdão brigou com adversários e árbitro até que Valdivia aproveitou cruzamento de Juninho para empatar, aos 38 minutos.
No segundo tempo, o time catarinense trocou seu ataque e Luciano deixou Vilson no chão para desempatar aos 22. Mas, três minutos depois, Mendieta deixou de perder tantos gols para aproveitar passe de Valdivia. Aos 36, Vinicius executou jogada individual para virar e Eguren selou o placar aos 43.
Agora com 52 pontos, o Palmeiras abre seis pontos para a vice-líder Chapecoense e 15 para o quinto colocado, o Sport, primeiro clube fora da zona de acesso. Em busca dos 14 pontos que faltam na conta da comissão técnica para subir, o time volta a campo no sábado para enfrentar o Sport, no sábado, às 16h20 (de Brasília), no Pacaembu. Já o Avaí, ainda fora do G-4, visita o Joinville, às 21h50 de sexta-feira.
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O jogo – Apesar de todas as deficiências defensivas e ofensivas apresentadas no empate com o América-MG, Gilson Kleina manteve a mesma estrutura tática, apenas trocando os suspensos Luis Felipe e Alan Kardec por Juninho e Vinicius, tendo como única diferença o posicionamento do ataque, com Leandro mais centralizado. Mas a novidade nem foi sentida.
O Avaí começou a partida dando espaço ao líder da Série B para trocar passes, mas bloqueou sua intermediária defensiva, sem deixar nem que a bola saísse dos pés de Valdivia e Mendieta para a dupla da frente. Contribuía para isso também a péssima atuação do paraguaio.
Sem levar perigo, o Verdão seguia sofrendo com erros individuais. O esquema, diferentemente de sábado, não era prejudicado pela falta de responsabilidade dos atletas na parte defensiva, mas as falhas continuavam. E seguiam fatais.
Aos 14 minutos, Wesley prendeu a bola e mirou o lançamento, mas jogou a bola direto no peito de Anderson Uchôa. O volante do Avaí fez mais simples, tocando rasteiro, e contou com botes errados de Márcio Araújo e Vilson e ver a bola passar até por Beto até chegar para Márcio Diogo dominar na grande área e bater no canto de Fernando Prass para abrir o placar.
Em desvantagem, o Verdão, enfim, resolveu acelerar seu jogo, e pôde contar com Valdivia mais participativo para prender a bola, atrair a marcação e abrir espaço para os colegas. Em uma dessas chances, contudo, viu o amigo Mendieta furar bisonhamente após rebote de Vinicius.
Os erros, somados ao placar, enervaram o Palmeiras, como o Avaí queria. Beneficiando-se da confusão atuação do trio de arbitragem, que errava mesmo em lances fáceis, a equipe catarinense passou a provocar com xingamentos, encarar e cometer faltas sem bola. Leandro chegou a ter a sua nuca chacoalhada por Eduardo Costa.
Dessa forma, Leandro apareceu duas vezes na cara do goleiro e foi derrubado na grande área em ambas, assim como Henrique levou uma rasteira em cobrança de escanteio, mas nada foi marcado. Mas quando Valdivia, um dos alvos da provocação avaiana, deixou de ser protagonista, o Palmeiras teve sucesso.
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Aos 38 minutos, em meio ao nervosismo que dominava até o banco alviverde, Juninho mostrou lucidez ao carregar a bola pela ponta esquerda e apontar para Valdivia entrar na grande área. O chileno obedeceu e esticou a perna direita para completar o cruzamento preciso colocando a bola nas redes de Diego, empatando o marcador.
Após a pressão nos minutos finais do primeiro tempo, o Verdão voltou a se mostrar perdido depois do intervalo, mas, mais uma vez, vítima de erros individuais. Em dez minutos, Valdivia entregou duas chances de gol claras para Mendieta, e o paraguaio errou ambas.
O Avaí, por sua vez, trocou sua dupla de ataque e foi beneficiado por isso. Mais descansado, Luciano mostrou agilidade e habilidade para girar na intermediária deixando Vilson no chão e bater na saída de Fernando Prass para desempatar a partida, aos 22 minutos.
O Verdão, contudo, continuava bem posicionado em campo e tinha Valdivia sabendo aproveitar toda a atenção que atrai para criar espaço para os colegas. Só era necessário algum deles acertar, e foi o que Mendieta fez. Pouco após perder até cabeçada na pequena área, o paraguaio recebeu cruzamento rasteiro do chileno e contou com mão mole do goleiro Diego para igualar o placar aos 25 minutos.
Para corrigir o espaço que o Avaí tinha, Gilson Kleina trocou Mendieta pelo volante Charles, ganhando opção vindo de trás e preenchendo seu meio-campo. A aposta era no talento de seus homens de frente, embora já tivesse perdido Leandro por contusão. E o treinador teve sucesso.
Aos 36 minutos, Vinicius deixou de arrancar pela ponta, como está acostumado, e foi puxando do meio-campo em direção à meia-lua, driblando um marcador e abrindo espaço diante de outros dois para chutar forte. Mais uma vez, o goleiro Diego não tocou na bola com, força para evitar que a bola entrasse em seu gol.
Para se garantir ainda mais, Kleina abriu mão de Valdivia, trocando-o por Eguren. Mais uma substituição acertada. Aos 43 minutos do segundo tempo, Wesley cobrou falta que Diego espalmou na trave e no rebote, livre ao lado de Wendel, o uruguaio só teve o trabalho de tocar para o gol vazio.
Fonte: Gazeta Esportiva
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