segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Atentado suicida contra milícia sunita deixa 22 mortos no Iraque


Um homem-bomba atacou uma milícia apoiada pelo governo do Iraque deixando ao menos 22 mortos e ferindo outros 44 na cidade de Taji, localizada a 20 km ao norte de Bagdá. A polícia informou que o homem-bomba se infiltrou em uma reunião dos combatentes tribais do Sahwa e detonou os explosivos enquanto eles recebiam seus salários em Taji, cidade localizada a 20 km ao norte de Bagdá.



A explosão foi o último ataque de uma onda de violência particularmente letal no país contra forças de segurança e civis. Estima-se que mais de 200 iraquianos foram mortos desde o começo do ano.

Três soldados e 19 membros da milícia sunita conhecida como Sahwa, ou Conselho do Despertar, foram mortos, informaram policiais. Três médicos também confirmaram as perdas. Todas as autoridades falaram em condição de anonimato, porque não estavam autorizados a divulgar informações aos repórteres.


O Sahwa é formado por combatentes sunitas que trocaram de lado e se uniram aos EUA e às forças do governo iraquiano para lutar contra a Al-Qaeda no pior momento de sua insurgência. Desde então, eles têm sido alvos dos insurgentes, que os veem como traidores.

O aumento do número de ataques sangrentos acontece em um período de grande descontentamento entre a minoria sunita do país, que reclama de discriminação do governo. Nas últimas semanas, os sunitas promoveram manifestações contra o governo, que atraíram milhares de participantes.


A explosão em Taji ocorre um dia depois de uma série de ataques suicidas terem atingido uma delegacia em Kirkuk , também no norte de Bagdá. O major Torhan Abdul-Rahman Yousseff informou nesta segunda-feira que 16 foram mortos no ataque, desmentindo os números iniciais, que davam conta de 30 mortos. O ataque deixou 90 feridos.

Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque desta segunda-feira, mas o Estado Islâmico do Iraque, afiliada local da Al-Qaeda, prometeu recuperar o terreno perdido para os norte-americanos e as forças dos EUA, e pediu que os sunitas iraquianos se levantassem contra o governo de Maliki.

Com AP e Reuters




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