Centenas de prisioneiros, incluindo altos membros da Al-Qaeda, fugiram da prisão iraquiana de Abu Ghraib e de uma prisão em Taji, cerca de 20 km ao norte de Bagdá, após companheiros lançarem ataques simultâneos em estilo militar para libertá-los, disseram autoridades nesta segunda-feira.
Os ataques às prisão de alta segurança acontecem no momento em que militantes sunitas muçulmanos voltam a ganhar força em sua insurgência contra o governo liderado pelos xiitas, no poder desde a invasão dos EUA que derrubou Saddam Hussein .
Suicidas dirigiram carros cheios de explosivos até os portões da prisão de Abu Ghraib, nos arredores de Bagdá, no domingo à noite, e invadiram o local enquanto homens armados atacavam os guardas com morteiros e lança-granadas.
Os ataques cuidadosamente orquestrados deixaram dezenas de mortos, incluindo ao menos 25 soldados iraquianos, até a manhã desta segunda, quando helicópteros militares chegaram, ajudando a recuperar o controle.
Outros militantes tomaram posições perto da estrada principal, lutando contra os reforços enviados de Bagdá enquanto vários militantes vestindo coletes suicidas entraram na prisão a pé para ajudar a libertar os presos.
Entretanto, centenas de detentos já haviam fugido de Abu Ghraib, prisão que ficou famosa há uma década por causa de fotografias mostrando abuso de prisioneiros por soldados americanos.
"O número de detentos que escaparam chegou a 500, a maioria deles altos membros da Al-Qaeda que tinham recebido a pena de morte", disse à Reuters Hakim Al-Zamili, membro do comitê de segurança e defesa no Parlamento. "As forças de segurança prenderam alguns deles, mas o restante ainda está livre."
Um oficial de segurança disse à Reuters sob condição de anonimato: "É obviamente um ataque terrorista realizado pela Al-Qaeda para libertar terroristas condenados."
*Com Reuters
Fonte: Último Segundo
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