segunda-feira, 22 de julho de 2013

Corinthians para em campo encharcado e empata com o Atlético-PR

O Corinthians parou nas poças d’água da Vila Capanema na tarde deste domingo. Com o gramado encharcado em decorrência das fortes chuvas em Curitiba, a equipe que acaba de ser campeã da Recopa Sul-americana ficou no empate por 1 a 1 com o Atlético-PR. Os gols foram dos atacantes Marcelo e Alexandre Pato, no primeiro tempo.

O resultado deixou o Corinthians com 10 pontos ganhos no Campeonato Brasileiro, ainda distante da ponta da tabela de classificação. O Atlético-PR, que foi superior ao adversário em vários momentos neste fim de semana, está em pior situação. Soma 7 pontos, figurando na zona de rebaixamento.
Antes de voltar a se preocupar com o Brasileirão, no entanto, o Furacão terá um compromisso pela terceira fase da Copa do Brasil. Enfrentará o Paysandu na Vila Capanema após ter empatado sem gols no jogo de ida. No sábado, a adversária será a Portuguesa, no Canindé.
Já o Corinthians terá uma semana para se recuperar antes de entrar em ação de novo. O time dirigido por Tite receberá o rival São Paulo, em crise, somente no próximo domingo, no Pacaembu.
Divulgação/Agência Corinthians
Pato marcou gol e comemorou com o seu gesto misterioso, mas o Corinthians não foi além do empate



























O jogo – O Atlético-PR não esperou a chuva se transformar em temporal para acelerar a partida na Vila Capanema. Logo aos quatro minutos, Marcelo recebeu um bom lançamento de Paulo Baier na ponta esquerda e chutou cruzado para inaugurar o marcador contra o Corinthians.
A partir de então, os dois times tiveram dificuldades para fazer jogadas mais trabalhadas como a do gol do Atlético-PR. O campo da Vila Capanema ficou encharcado, prendendo a bola em suas poças e fazendo os atletas sofrerem para seguir em pé. O resultado foi um jogo mais violento.
Aos 13 minutos, Pedro Botelho deu uma amostra do perigo das condições do gramado ao deslizar até acertar um carrinho duro em Edenílson. Recebeu só o cartão amarelo do árbitro Ricardo Marques Ribeiro, que ainda coibiu a reclamação de Guilherme com uma bronca. Mais tarde, Renato Augusto e Danilo deram o troco também com faltas duras.
Violência à parte, o Furacão parecia mais adaptado às condições climáticas. O time mandante continuou a incomodar o Corinthians com uma série de cobranças de falta e de escanteio do veterano Paulo Baier. Contra as poças d’água, levantava a bola como se estivesse praticando futebol de praia para chegar ao ataque.
Já o Corinthians queria usar a sua técnica como se estivesse em um campo com perfeitas condições de jogo. Mas trocar passes em demasia e tentar arrancar, como fazia Edenílson, era inútil e facilitava o trabalho da defesa do Atlético-PR.
Aos 25 minutos, o ataque corintiano teve o seu único lampejo no primeiro tempo. O mascarado Renato Augusto encarou a marcação atleticana pela esquerda e cruzou. Pato apareceu no meio da área e esticou-se para cabecear para a rede e empatar o jogo, comemorando com o gesto misterioso de colocar os dedos sobre o rosto.
Arte GE.Net
Apesar de ter obtido a igualdade, Tite sabia que o Corinthians precisava melhorar para superar o campo e o Atlético-PR no segundo tempo. O treinador não fez nenhuma alteração no intervalo – seus jogadores só trocaram as camisas e calções sujos por uniformes limpos –, porém mostrou irritação com a situação do jogo. “Qual jogo?”, ironizou.
Do outro lado, o Atlético-PR não perdeu tempo com reclamação. Voltou a investir em busca do resultado positivo já no princípio da etapa complementar. Ao cinco minutos, protagonizou uma grande confusão na área do Corinthians, quando Everton acertou a trave com um chute forte.
Pouco depois, foi Cássio quem proporcionou preocupação aos corintianos. O goleiro bateu roupa em um cruzamento fraco da direita e quase entregou a bola nos pés de Paulo Baier, que só não aproveitou porque escorregou. Para dar mais segurança à defesa, acuada, Tite agiu rápido e trocou um lateral esquerdo por um direito: Fábio Santos por Alessandro.
A intenção do técnico do Corinthians era conter os avanços do veloz Marcelo por aquele setor do gramado, que já havia começado a absorver a água da chuva, beneficiando o espetáculo. Anteriormente, Tite mudara o posicionamento dos zagueiros Gil e Paulo André para tentar solucionar a mesma situação.
Como o Corinthians precisava também atacar para conseguir a vitória, a próxima mudança foi no ataque, com Ibson na vaga de Romarinho. Vagner Mancini respondeu e mexeu no Atlético-PR, trocando Marcão por Ederson. Ainda era a sua equipe que levava mais perigo naquele momento.
Após as alterações, Atlético-PR e Corinthians se alternaram no setor ofensivo, com algumas boas chances. A última dos visitantes foi com Alexandre Pato, que voltou a frustrar a torcida ao bater em cima do goleiro Weverton depois de ser lançado em profundidade. Na sequência, o astro sentiu dores na coxa e deu lugar a Douglas.

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