quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Protesto em São Paulo termina com confronto, depredação, presos e feridos

A manifestação que marcou a volta do Movimento Passe Livre (MPL) aos protestos em São Paulo terminou em confusão nesta quarta-feira (11), no centro da cidade. Após o trajeto original ter sido cumprido e o MPL finalizado o ato, um grupo de manifestantes foi para a frente da Câmara Municipal de São Paulo, onde ocorreram os confrontos.


Após protestar em frente ao Legislativo paulistano, parte do grupo entrou na Câmara para apresentar suas reivindicações. Um impasse sobre o número de pessoas que seriam recebidas pelo presidente da Casa, José Américo (PT), gerou tumulto após a entrada do grupo. Fora da Câmara, os manifestantes foram para cima dos policiais que faziam a segurança do local e houve enfrentamento.
No confronto, os manifestantes jogaram bombas contra o prédio e forçaram a barricada formada pelos políciais militares, que reagiram com gás de pimenta. Os manifestantes voltaram a jogar bombas e pedras contra os agentes, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. Segundo a PM, três pessoas foram presas e três policiais ficaram feridos.
O presidente da Casa José Américo recebeu um grupo de manifestantes, integrantes do PSTU, e acordou que será realizado uma audiência pública na próxima quinta-feira com representantes dos movimentos e da CPI dos Transportes. O presidente também prometeu que o grupo terá acesso a todos os documentos que a CPI dos Transportes, realizada na Câmara, acumulou até o momento. Veja abaixo imagens de como começou o confronto:
A manifestação começou às 15h no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo. Um segundo ato, onde também houve confronto e feridos , foi convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), começou às 17 horas em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O objetivo é pressionar pela abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigue o envolvimento de tucanos no esquema de formação de cartel no Metrô e na CPTM.
Protesto pacífico
Antes, ao chegar à Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos, na rua Boa Vista, onde entregaram uma carta com reivindicações a um assessor da pasta, os manifestantes permaneceram no entorno da prefeitura, perto da praça do Patriarca. A entrega da carta seria o ato final do protesto, mas cerca de mil manifestantes seguiram mobilizados na região, de acordo com o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior. A PM dá um número menor: 1,2 mil pessoas.
Alesp
Renato S. Cerqueira/Futura Press
Confusão entre policiais e manifestantes durante protesto em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo
Iniciado às 17 horas, o ato em frente à Alesp reuniu 600 manifestantes, segundo a PM. Em minoria na Alesp, os deputados estaduais do PT decidiram se revezar no microfone da tribuna da Casa com discursos sobre o caso Siemens. A estratégia visa obstruir a pauta do dia e constranger a base do governador Geraldo Alckmin (PSDB) a aprovar a CPI. No entanto, com ampla maioria, o governo de São Paulo barra a criação da comissão. A oposição conta com 26 das 32 assinaturas necessárias, mas não consegue avançar.
* Com informações de Renan Truffi, Ricardo Galhardo e Wanderley Preite Sobrinho

0 comentários:

Postar um comentário